Em um recente discurso em Toronto, Dave McKay, CEO do Royal Bank of Canada (RBC), destacou a posição crítica do Canadá no cenário da segurança energética mundial, principalmente em apoiar os Estados Unidos enquanto estes se concentram em políticas internas de “Buy American”. McKay enfatizou que o Canadá não só suporta as necessidades energéticas dos EUA mas também desempenha um papel fundamental no abastecimento de recursos energéticos para a Ásia.
Segundo McKay, com a expansão do oleoduto Trans Mountain e as futuras exportações de gás natural liquefeito (GNL), o Canadá se posiciona como um fornecedor essencial de petróleo e GNL, especialmente para a Ásia. Essa estratégia permite que os Estados Unidos redirecionem seus próprios recursos energéticos para a Europa, fortalecendo a segurança energética em múltiplas frentes.
A demanda asiática por formas de energia mais limpas, como o gás natural, está em franca ascensão. Projeções da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA) indicam um aumento significativo na demanda por petróleo e gás na região até 2050, com o Canadá em uma posição vantajosa para atender a essa necessidade crescente.
No entanto, existem desafios significativos. McKay alertou que políticas federais como limitações propostas nas emissões de petróleo e gás podem restringir a capacidade produtiva do Canadá, o que seria contraproducente à necessidade de atender à demanda global crescente. Ele argumentou pela necessidade de uma abordagem equilibrada que combine o aproveitamento dos vastos recursos energéticos do Canadá com investimentos em tecnologia limpa e redução de emissões.
Além disso, McKay apontou para o crescente desafio representado pelo aumento do consumo de energia por tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, que deverá representar 3,5% do consumo global de eletricidade até 2030. Nos Estados Unidos, espera-se que os data centers consumam até 9% da produção elétrica até o final desta década, dobrando os níveis atuais.
O CEO do RBC reforça a ideia de que o Canadá deve encontrar um equilíbrio entre manter suas exportações de energia tradicionais e promover soluções energéticas mais limpas, um ponto crucial tanto para atender a demanda global quanto para enfrentar desafios ambientais emergentes.
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