A partir de 1º de dezembro de 2024, todos os inversores solares instalados no Brasil deverão estar equipados com dispositivos de proteção AFCI (Arc-Fault Circuit-Interrupter), conforme determinação do Inmetro. Essa medida tem como objetivo prevenir incêndios em sistemas fotovoltaicos, identificando falhas elétricas antes que possam causar danos mais graves.
O AFCI é um dispositivo projetado para detectar e interromper o circuito ao menor sinal de um arco elétrico, evitando que ele se transforme em um incêndio. A implementação dessa norma surge em resposta ao aumento de vendas de inversores que não cumprem os padrões de segurança, vendidos a preços baixos, o que prejudica empresas que já atualizaram seus produtos. Além disso, clientes que adquirirem equipamentos sem o AFCI poderão enfrentar custos adicionais para modificar seus sistemas e garantir a conformidade durante futuras inspeções.
Os riscos de não conformidade são significativos, principalmente para grandes instalações, como usinas solares, que dependem da aprovação de inspeções do Corpo de Bombeiros. A ausência do AFCI pode resultar em reprovações nas inspeções e na impossibilidade de renovação de certificados de segurança, como o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).
De acordo com testes conduzidos por laboratórios certificados pelo Inmetro, apenas 18% dos inversores solares testados inicialmente cumpriam os requisitos da nova norma. Embora esse número tenha aumentado para 64% após ajustes, a falta de conformidade completa ainda preocupa especialistas do setor.
A nova exigência reforça o compromisso do Brasil em garantir a segurança nas instalações de energia renovável, ao mesmo tempo em que estimula o mercado a se adaptar a padrões de qualidade mais elevados.
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