quinta-feira, 21 novembro / 2024

Em um movimento estratégico para fortalecer a infraestrutura energética do país, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) aprovou recentemente a conexão do terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) operado pela Eneva no estado de Sergipe à extensa rede de gasodutos da Transportadora Associada de Gás (TAG). Esta autorização é uma resposta direta às necessidades energéticas emergentes do Brasil, exacerbadas pela severa seca que afeta o país.

O terminal de Sergipe, equipado com uma unidade flutuante de armazenamento e regaseificação (FSRU), é agora capaz de fornecer combustível não apenas para a usina termelétrica Porto de Sergipe, com capacidade de 1,6 gigawatts, mas também para outras áreas críticas em todo o território nacional. A TAG, que gerencia mais de 4.500 km de oleodutos atravessando quase 200 municípios em 10 estados, tem um papel central nesse processo de expansão.

Recentemente, Aurélio Amaral, diretor de relações externas e comunicação da Eneva, destacou a importância dessa integração ao revelar planos imediatos para atender a demanda em Linhares, Espírito Santo. Este movimento visa suprir as necessidades de despacho termelétrico do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em meio à atual crise hídrica.

Adicionalmente, a ANP também autorizou a operação do gasoduto Terminal Sergipe, um projeto de 25,4 km que conectará a FSRU ao gasoduto Catu-Pilar, atravessando cinco municípios sergipanos. A capacidade de regaseificação da FSRU é de 21 milhões de metros cúbicos por dia, com uma vazão máxima de 14 milhões para o trecho Catu-Pilar.

Essa iniciativa surge dois anos após a Eneva consolidar a aquisição da Centrais Elétricas de Sergipe Participações (Celsepar), anteriormente propriedade da New Fortress Energy (NFE) e Ebrasil Energia, num acordo avaliado em US$ 1,3 bilhão. A integração deste terminal à rede nacional de gasodutos marca um passo significativo no esforço contínuo do Brasil para garantir a segurança energética e responder de maneira eficaz às suas crises energéticas iminentes.

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Thailane Oliveira é advogada formada pela USP e possui mais de 12 anos de experiência em políticas públicas e legislação de trânsito. Seus artigos explicam de forma clara as mudanças nas leis que afetam motoristas, ciclistas e usuários de transporte público.