No final de setembro de 2024, o mercado global de gás natural liquefeito (GNL) continua a sentir os efeitos da invasão da Ucrânia pela Rússia, com os preços spot atingindo um pouco mais de US$ 13/mn Btu, uma queda específica em relação aos picos anteriores. Ainda que os preços tenham sofrido uma moderação ao longo do último ano e seguido um padrão mais estável em comparação a 2023, o cenário europeu apresenta uma redução significativa na demanda. Este declínio, estimado em cerca de 20% no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período de 2023, ocorre em um momento em que os estoques europeus de gás estão praticamente completos antes do início de outubro.
Contrastando com a tendência europeia, o Brasil emergiu como um suporte crucial para os preços do GNL durante o verão. A necessidade intensificada pela GNL no país foi impulsionada por uma severa seca que afetou significativamente a produção hidrelétrica, principal fonte de energia do Brasil. Este incremento na demanda brasileira pela GNL tem ajudado a sustentar os preços em um patamar superior ao que poderia ser esperado dado o contexto europeu.
Enquanto isso, a Ásia está se destacando novamente como o principal motor de crescimento para a demanda e a formação de preços da GNL, com mercados emergentes e economias em expansão buscando fontes energéticas confiáveis para sustentar seu desenvolvimento. A reafirmação da Ásia como líder na demanda pela GNL sugere uma possível realocação do foco de mercado para uma região no longo prazo.
Este panorama reflete uma complexa rede de fatores geopolíticos e ambientais que continuam a moldar o mercado global de GNL, onde o Brasil desempenha um papel estratégico não apenas como consumidor, mas também como um elemento estabilizador de preços em um período de variações globais.
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