Bradesco (BBDC3 e BBDC4) e Banco ABC Brasil (ABCB4) devem seguir a tradição de anunciar novos proventos no mês de junho. Com base nos anos anteriores, os dois bancos têm mantido um calendário recorrente de distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) nesse período, o que tem atraído investidores atentos às oportunidades de rendimento passivo e valorização de longo prazo.

Bradesco: retomada gradual e expectativa de novo JCP

As ações ordinárias do Bradesco (BBDC3) chegaram a R$ 14,10 no início de junho, após saírem da faixa de R$ 10 em dezembro de 2023. As preferenciais (BBDC4) também se valorizaram, atingindo R$ 16,50 recentemente. O banco tem implementado melhorias operacionais, com avanços no controle de inadimplência e incremento na geração de receitas, especialmente nos segmentos de seguros e serviços.

Para 2025, a expectativa de pagamento total em proventos é de até R$ 1,13 por ação (valor bruto), majoritariamente via JCP, sujeito à retenção de 15% de IR na fonte. O banco já anunciou R$ 0,20 em março, com pagamento agendado para 31 de outubro. A próxima “data com” é esperada para junho, com alta probabilidade de ocorrer no dia 17, seguindo o padrão do ano anterior, quando anunciou R$ 0,35 por ação.

Banco ABC: dividend yield de quase 8% e novo pagamento à vista

O Banco ABC Brasil, voltado principalmente ao crédito corporativo, também possui histórico sólido de pagamentos em junho. A cotação atual gira em torno de R$ 21,44, com mínima recente de R$ 18,78 e máxima de R$ 23,18. O banco distribuiu R$ 1,64 em proventos nos últimos 12 meses, o que representa um dividend yield de cerca de 7,7%.

A projeção do mercado para 2025 é de R$ 1,84 por ação, com a “data com” estimada também para junho, mais precisamente entre os dias 28 e 30, conforme registros de 2022, 2023 e 2024. A política conservadora da instituição em crédito e sua rentabilidade consistente são diferenciais relevantes.

Avaliação fundamentalista reforça potencial

O Banco ABC apresenta múltiplos atrativos:

  • P/L de 5, entre os menores do setor;

  • P/VP de 0,8, indicando desconto frente ao valor patrimonial (R$ 26,45);

  • Margem líquida de cerca de 10%, com potencial de melhora para até 14%.

Já o Bradesco trabalha para retomar margens mais robustas e aumentar seu lucro líquido em 2025. O banco está abaixo da média histórica de rentabilidade, mas com expectativa de recuperação, o que pode beneficiar os investidores posicionados antes do anúncio de dividendos.

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André Carvalho é jornalista formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 15 anos de experiência no mercado editorial, André é reconhecido por sua expertise em economia, finanças e políticas públicas. Sua trajetória inclui colaborações com veículos de grande relevância, onde desenvolveu análises estratégicas e conteúdos voltados para investimentos, benefícios sociais e gestão financeira.