A BP, uma das principais empresas petrolíferas do mundo, anunciou que as margens de refino baixas e o desempenho fraco nas negociações de petróleo impactarão seus lucros no terceiro trimestre de 2024. A companhia, com sede no Reino Unido, fez esse alerta em um comunicado recente, destacando que enfrentará resultados inferiores em comparação ao segundo trimestre do ano.
Esse cenário de dificuldades não é exclusivo da BP; outras gigantes do setor, como Shell e ExxonMobil, também sinalizaram problemas semelhantes. A BP espera que as margens de refino afetem seus lucros em uma faixa entre US$ 400 milhões e US$ 600 milhões. A empresa deve divulgar seus resultados financeiros em 29 de outubro.
Além disso, a BP projeta uma redução nos lucros provenientes de sua produção e operações de petróleo, com uma expectativa de queda entre US$ 100 milhões e US$ 300 milhões. Esses números refletem a influência de defasagens nos preços das operações no Golfo do México e nos Emirados Árabes Unidos, além de maiores baixas na exploração, que podem gerar um impacto adicional de até US$ 300 milhões.
Outro ponto destacado pela BP é o aumento esperado em sua dívida líquida no final do terceiro trimestre, principalmente devido ao baixo desempenho das margens de refino e ao redirecionamento de cerca de US$ 1 bilhão em receitas de desinvestimento para o quarto trimestre.
A previsão da BP segue um alerta da Shell, que recentemente comunicou que suas margens de refino também estão em queda, afetando os lucros, especialmente em seus negócios químicos. Apesar disso, a Shell indicou que um aumento na produção de gás natural liquefeito (GNL) poderia oferecer algum alívio.
A situação atual no setor de refino reflete uma mudança significativa, marcada pelo fim do que se conheceu como um superciclo de lucros e margens recordes, impulsionado pela crescente demanda pós-pandemia e pela instabilidade causada por conflitos e sanções. Em um alerta similar, a ExxonMobil também indicou que seus lucros do terceiro trimestre devem ser impactados por preços de petróleo em queda, com uma previsão de redução de até US$ 1 bilhão.
Essa tendência de fraqueza nos lucros das supermajors é um indicativo de um cenário desafiador para o setor, levando analistas a reavaliarem suas previsões sobre o desempenho futuro das empresas.
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