Com mais de 30 dias consecutivos acima de US$ 100 mil, o Bitcoin pode estar consolidando um novo patamar de preço e alterando radicalmente a dinâmica histórica de seus ciclos. A análise parte da leitura de indicadores técnicos e do comportamento de compra das grandes instituições, como ETFs e empresas listadas, que hoje dominam a aquisição diária da criptomoeda. No entanto, mesmo com essa transformação aparente, um novo ciclo de baixa ainda é esperado — embora em outro patamar de preço.
Um mercado mais maduro e menos volátil?
A tese do “super ciclo”, em que o Bitcoin deixaria de repetir movimentos extremos de alta e queda, tem ganhado força com a entrada de empresas e países no mercado. Michael Saylor, fundador da MicroStrategy, defende que o risco do ativo foi superado, e que a nova liquidez institucional reduz a volatilidade. Com apenas 450 novos BTCs minerados por dia (cerca de US$ 50 milhões), a oferta é rapidamente absorvida, impedindo quedas abruptas — por enquanto.
Sem hype, mas com alta: o comportamento inédito deste ciclo
Diferente de ciclos anteriores, a atual valorização do BTC não está acompanhada de um aumento nas buscas por “Bitcoin” no Google ou por um boom de investidores de varejo. Segundo os gráficos apresentados na análise, mesmo com o ativo perto de sua máxima histórica, não há grandes realizações de lucro. Isso indica que os detentores atuais estão comprometidos com o longo prazo — majoritariamente instituições — o que explica a ausência de grandes correções e explosões.
Risco de bear market ainda existe — só que em outro nível
Apesar do comportamento estável e da maturação do mercado, o analista alerta: o bear market pode não ter desaparecido, apenas se reposicionado. Se antes a queda ocorria dos US$ 60 mil para os US$ 15 mil, agora pode ser dos US$ 350 mil para os US$ 100 mil. Uma retração de 60% ainda seria possível e dolorosa para quem entrar no topo. Esse movimento seria impulsionado pelo retorno do varejo, que costuma comprar no pico do hype.
Projeção: entre estabilidade e um novo pico
Se o padrão atual continuar, o BTC pode alcançar os US$ 150 mil até agosto, mantendo o movimento lento e constante observado desde o fundo de US$ 15 mil. Contudo, se romper a resistência do canal central de preço, a alta pode acelerar rumo a US$ 350 mil ainda em 2025. Isso, segundo a análise, poderia atrair o varejo e dar início a um novo ciclo de baixa. A pergunta é: será diferente desta vez?
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