O BHP Group e a Vale SA chegaram a um acordo histórico com o governo brasileiro para compensar os danos causados pelo rompimento da barragem de Mariana, em 2015. O valor total da indenização é de R$ 170 bilhões (US$ 29,8 bilhões), tornando-se o maior acordo do tipo no mundo. O pacto inclui R$ 38 bilhões (US$ 6,7 bilhões) já gastos pelas empresas em medidas de reparação, R$ 100 bilhões (US$ 17,5 bilhões) que serão pagos ao longo de duas décadas ao governo federal e aos estados afetados, além de R$ 32 bilhões (US$ 5,6 bilhões) em indenizações individuais para o reassentamento das famílias atingidas.
O acordo também prevê um pagamento inicial de R$ 5 bilhões (US$ 0,9 bilhão), que deve ser realizado até 30 dias após a assinatura, e uma parcela maior, de R$ 7 bilhões (US$ 1,2 bilhão), prevista para 2026. Com a formalização do acordo, BHP e Vale ajustaram suas provisões financeiras, buscando encerrar as pendências legais relacionadas à tragédia. No entanto, a BHP ainda enfrenta uma ação coletiva no Reino Unido em decorrência do desastre.
A assinatura do acordo, realizada em Brasília com autoridades do governo, marca o fim de longas negociações e reflete uma postura mais firme da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também representa um passo importante para o novo CEO da Vale, Gustavo Pimenta, que busca solucionar as questões pendentes envolvendo a Samarco, empresa responsável pela operação da barragem.
Enquanto isso, os títulos de dívida em dólar da BHP e da Vale se mantiveram estáveis após o anúncio do acordo. O título da Vale com vencimento em 2030, por exemplo, registrou negociação a 93,4 pontos, com rendimento de 5,1%.
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