quinta-feira, 21 novembro / 2024

Os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) que ainda não possuem registro no Cadastro Único (CadÚnico) ou têm informações desatualizadas devem procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de seus municípios para regularizar a situação. A medida visa evitar o bloqueio do benefício e facilitar o acesso a políticas públicas.

De acordo com informações da Secretaria de Estado do Cadastro Único de Sergipe, atualmente cerca de 12 mil beneficiários do BPC no estado não possuem o CadÚnico, ferramenta essencial para identificação de famílias em situação de vulnerabilidade. O BPC é um benefício assistencial previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), voltado para idosos e pessoas com deficiência em situação de extrema pobreza.

Como regularizar a situação?

Para os beneficiários com pagamentos bloqueados ou que precisam se inscrever no CadÚnico pela primeira vez, o processo é simples: basta comparecer ao CRAS ou ao posto de atendimento indicado pelo município, portando todos os documentos pessoais e dos integrantes da família. A atualização também é obrigatória para quem já possui o cadastro, mas está há mais de 48 meses sem revisá-lo.

A coordenadora estadual do CadÚnico em Sergipe, Tatiana Miller, destaca a importância desse processo:

“O CadÚnico é uma ferramenta fundamental para que o poder público enxergue essas pessoas e desenvolva políticas públicas adequadas. Sem o cadastro atualizado, muitas famílias ficam invisíveis para o Estado”.

Mudança no processo de atendimento

Anteriormente, beneficiários do BPC precisavam recorrer ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para regularizar o benefício. Agora, o atendimento foi descentralizado, permitindo que o processo seja realizado diretamente nos CRAS, tornando o acesso mais ágil e próximo da população.

Após realizar o cadastro ou a atualização, é necessário entrar em contato com o INSS pelo telefone 135 para informar a regularização. O desbloqueio do benefício ocorre, em média, entre 48 e 72 horas após essa comunicação.

Prazo e riscos para quem não se regularizar

Embora não haja um prazo oficial estipulado pelo INSS para a regularização, é recomendável que os beneficiários procurem o CRAS o quanto antes para evitar a suspensão prolongada do pagamento. Quem não se inscrever ou atualizar o cadastro corre o risco de ter o benefício suspenso até que a situação seja regularizada.

Apoio e orientação nos CRAS

Os CRAS estão preparados para receber o público, oferecer orientações e realizar o cadastramento. As equipes técnicas desses centros acompanham famílias em situação de vulnerabilidade, facilitando o acesso a benefícios sociais e serviços de assistência.

Tatiana Miller reforça que, mesmo após regularizar o CadÚnico, é fundamental mantê-lo atualizado:

“Se houver mudanças na composição familiar, renda ou endereço, é necessário atualizar as informações imediatamente. O prazo para revisão é de 24 meses, mas qualquer alteração deve ser comunicada antes desse período”.

Importância do CadÚnico para políticas públicas

O CadÚnico é uma base de dados essencial para a formulação e execução de políticas públicas em diversas áreas, como saúde, educação e assistência social. Ele é utilizado por programas como o Bolsa Família, Auxílio Brasil e tarifas sociais de serviços públicos, além do BPC.

Serviço

  • Quem precisa se cadastrar ou atualizar: Beneficiários do BPC que nunca se inscreveram no CadÚnico ou estão com informações desatualizadas há mais de 48 meses.
  • Onde realizar o atendimento: CRAS ou postos de atendimento indicados pelo município.
  • Documentos necessários: Identidade, CPF, comprovante de residência e outros documentos da composição familiar.
  • Contato para o INSS: Telefone 135 para informar a regularização.

Com essa nova abordagem, o Governo Federal e os municípios reforçam o compromisso de promover inclusão social e assegurar direitos fundamentais às pessoas em situação de vulnerabilidade.

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André Carvalho é o fundador de O Petróleo e um jornalista com mais de 15 anos de experiência em economia e transporte. Formado pela UFRJ, André se destaca por análises profundas e acessíveis sobre o impacto das políticas econômicas e de mobilidade no dia a dia das pessoas.