Milhares de beneficiários de programas sociais no Brasil, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Bolsa Família, correm o risco de ter seus auxílios suspensos se não atualizarem as informações no Cadastro Único, conhecido como CadÚnico. O governo federal iniciou um pente-fino que exige que cerca de 800 mil pessoas regularizem seu cadastro para manter os pagamentos, uma medida que visa garantir que os benefícios sejam direcionados às famílias em situação de vulnerabilidade.
Para evitar a perda do benefício, o governo estipulou que os beneficiários atualizem seus dados a cada dois anos. Aqueles que dependem do CadÚnico para programas como o Bolsa Família, e cuja situação de renda ou endereço mudou, precisam comparecer a um posto de atendimento para regularização. No caso de informações inalteradas, a atualização pode ser feita pelo aplicativo do CadÚnico ou pelo site do governo.
A preocupação é especialmente sentida por famílias como a de Eloir, que, temendo o cancelamento de sua única fonte de renda, solicita ajuda do filho para atualizar seus dados no sistema. “Eles cancelaram [o benefício], então temos que ficar atentos a isso, porque, querer ou não, é nossa única fonte de sustento”, comentou. A regularização é essencial para a manutenção do Bolsa Família, que, segundo outra beneficiária, “ajuda a pagar contas como água, luz e gás, e faz uma diferença enorme”.
De acordo com o governo, o processo de análise para a liberação dos benefícios leva entre 45 e 90 dias, reforçando a importância da atualização o quanto antes para evitar atrasos ou suspensões nos pagamentos essenciais a milhares de famílias.
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