Ações do Banco do Brasil (BBAS3) acumulam uma queda de quase 30% desde o início do ano, após a divulgação do balanço do primeiro trimestre de 2025. O movimento assustou investidores iniciantes e retirou o papel das principais carteiras de dividendos recomendadas, abrindo espaço para o Itaú Unibanco, agora líder em indicações.

Segundo o youtuber Felipe, que analisou os dados em vídeo recente, o momento exige cautela, mas também representa oportunidade para quem sabe o que está fazendo. “Se a ação cair para R$ 18, eu dobro o aporte”, afirmou.

Ações em queda, narrativas em mudança

Em janeiro, BBAS3 estava entre as mais recomendadas pelos analistas. Hoje, com o papel negociado próximo a R$ 21,71, a percepção mudou. A valorização de Itaú (ITUB4) e a percepção de maior estabilidade no banco privado impulsionaram sua presença nas carteiras de junho, conforme relatório do BTG Pactual.

A análise do BTG destaca que, mesmo com menos potencial de valorização, o Itaú oferece menor volatilidade e maior previsibilidade — fatores valorizados por investidores conservadores.

Banco do Brasil: barato, mas volátil

Mesmo com o lucro projetado menor para 2025, BBAS3 ainda apresenta fundamentos atrativos. O papel é negociado a 0,68 vezes o seu valor patrimonial (VPA), sendo considerado barato. Em projeções, o preço-lucro (P/L) estimado para 2025 é de 4,1 vezes, enquanto o Itaú opera com P/L de 8 vezes no mesmo período.

“Se chegar perto dos R$ 18, estará no menor patamar de preço sobre valor patrimonial dos últimos 10 anos”, comentou Felipe, referindo-se ao índice de 0,58x VPA, registrado em 2021.

Dividendos: BBAS3 ainda atrativo?

Mesmo com a redução do guidance e do payout, o Banco do Brasil segue oferecendo dividend yield atrativo. A projeção aponta para um retorno de 9,6% sobre dividendos em 2025, contra 7,9% estimado para o Itaú. “Mesmo com queda, BBAS3 ainda distribui mais dividendos do que ITUB4”, destacou o analista.

Estratégia é o que define

Felipe alerta para a importância de manter uma estratégia firme diante da volatilidade do mercado. “Se você não quer volatilidade, nem deveria estar na renda variável. Mas quem entende o jogo, vê oportunidades onde o medo domina.”

Ele lembra que estatais, como o Banco do Brasil, naturalmente apresentam maior risco por influência política, mas também podem entregar valor ao longo do tempo.

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Eliomar Menezes é economista formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização em Planejamento Econômico e Finanças Corporativas. Com mais de 15 anos de experiência no setor financeiro, atua como analista econômico e consultor em estratégias de mercado. Sua expertise inclui macroeconomia, análise de investimentos e projeções de mercado. No O Petróleo, Eliomar oferece análises aprofundadas e orientações práticas sobre as tendências econômicas, fortalecendo a base de conhecimento dos leitores.