quinta-feira, 21 novembro / 2024

A Azul Linhas Aéreas (AZUL.N) anunciou um acordo com seus detentores de títulos para levantar até US$ 500 milhões em novo financiamento, parte de uma estratégia de reestruturação para aliviar a pressão sobre sua dívida . A medida visa reforçar a posição da caixa da empresa e evitar o risco de ações judiciais mais severas, como o pedido de recuperação judicial.

A Azul, que junto com LATAM e Gol domina o setor aéreo brasileiro, conseguiu superar a crise causada pela pandemia de COVID-19 sem correr a falência, diferentemente de outras companhias na América Latina. Com o novo acordo, a companhia garantiu US$ 150 milhões em financiamento imediato e espera receber outros US$ 250 milhões até o final do ano, totalizando US$ 400 milhões.

A notícia impulsionou as ações da Azul, que registraram uma alta superior a 10% na Bolsa de São Paulo (Bovespa), liderando os ganhos do índice de referência que subiram 0,8% após o anúncio.

Desalavancagem rápida e fortalecimento financeiro

O novo financiamento faz parte de uma condição imposta nos acordos anteriores da Azul com arrendadores, que permitiram a eliminação de cerca de US$ 550 milhões em dívidas em troca de uma participação acionária de 20%. A negociação foi vista como crucial para fortalecer a liquidez da companhia aérea e evitar a necessidade de um pedido de recuperação judicial, como o Capítulo 11 nos Estados Unidos.

De acordo com o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, o acordo é uma forma de permitir uma rápida desalavancagem da empresa, que deverá se beneficiar de possível uma troca de dívida por capital no valor de até US$ 800 milhões, caso consiga reduzir custos anuais em cerca de US$ 100 milhões. “Estamos otimistas em relação à facilidade de uso dessa opção, que trará um problema financeiro significativo”, declarou Rodgerson.

O plano inclui negociações com arrendadores e fabricantes como Embraer, Airbus, GE e RTX Pratt & Whitney para alcançar as reduções de custo possíveis. Mesmo com a perspectiva de diluição de capital, Rodgerson acredita que a operação fortalecerá a Azul, permitindo um futuro mais sólido: “É melhor ter uma parte menor de um bolo muito maior”, afirmou.

O acordo também prevê melhorias no fluxo de caixa de US$ 150 milhões, com a renegociação de obrigações com arrendadores e fornecedores ao longo dos próximos 18 meses. Segundo a Azul, cerca de 98% de suas obrigações foram renegociadas, proporcionando um alívio financeiro adicional.

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Psicóloga com especialização em desenvolvimento de carreiras pela PUC-Rio, Nathália Santos escreve sobre oportunidades de emprego no setor automotivo, abordando temas como capacitação, tendências de mercado e estratégias de crescimento profissional.