O AUVP11, novo ETF negociado na B3, foi lançado em 2025 com a proposta de replicar um índice proprietário que seleciona empresas brasileiras com indicadores financeiros robustos. O fundo busca oferecer aos investidores uma alternativa a outros ETFs ao priorizar a qualidade fundamentalista das companhias em vez de apenas liquidez ou pagamento de dividendos.

O ETF cobra taxa de administração anual de 0,75%, valor dentro da média do mercado para fundos com gestão passiva e critérios próprios.

Critérios rigorosos para seleção das ações

O AUVP11 replica um índice com critérios detalhados para definir a carteira:

  • Empresas listadas na B3 há pelo menos 5 anos.

  • Valor de mercado mínimo de R$ 3 bilhões.

  • Liquidez mínima de R$ 100 milhões negociados por mês nos dois meses anteriores.

  • Free float (ações em circulação) de pelo menos 15%.

  • Lucro líquido positivo em cada um dos últimos 5 anos.

  • Dívida líquida inferior a três vezes o EBIT.

  • Retorno sobre patrimônio líquido (ROE) superior a 10%.

  • Margem líquida acima de 8%.

Empresas em recuperação judicial ou que não tenham entregue relatórios financeiros nos últimos 24 meses são excluídas. Também ficam de fora as companhias dos setores de varejo, proteína animal e aviação, considerados mais voláteis ou cíclicos.

Composição e ponderação do portfólio

O portfólio atual do AUVP11 inclui 35 ações, com forte peso em setores perenes como financeiro, saneamento, energia e telecomunicações. O setor bancário, por exemplo, representa cerca de 50% da carteira, enquanto empresas de saneamento, energia elétrica e consumo complementam a composição.

A ponderação das ações é determinada pelo valor de mercado e pelo free float. O índice é rebalanceado uma vez por ano, sempre em abril, para refletir mudanças nos critérios e no mercado.

Perfil do investidor e custos

Com taxa de administração de 0,75% ao ano, o AUVP11 é indicado para investidores que preferem uma abordagem prática e querem se expor a uma seleção criteriosa de empresas sem a necessidade de analisar individualmente cada ação.

Os dividendos pagos pelas empresas são reinvestidos no fundo, e a rentabilidade para o cotista é obtida por meio da valorização das cotas. É importante destacar que, como a maioria dos ETFs brasileiros, o AUVP11 não distribui dividendos diretamente aos investidores.

Diferenças em relação a outros ETFs

O AUVP11 se diferencia de produtos tradicionais como o BOVA11, que replica o Ibovespa priorizando liquidez, ou o DIVO11, que seleciona empresas com maiores dividendos. Com filtros mais qualitativos e exigentes, o novo ETF busca entregar uma carteira mais robusta e menos suscetível a riscos de solvência ou setores frágeis.

Deixe o Seu Comentário

Quer saber tudo
o que está acontecendo?

Receba todas as notícias do O Petróleo no seu WhatsApp.
Entre em nosso grupo e fique bem informado.

ENTRAR NO GRUPO

Compartilhar.

André Carvalho é jornalista formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 15 anos de experiência no mercado editorial, André é reconhecido por sua expertise em economia, finanças e políticas públicas. Sua trajetória inclui colaborações com veículos de grande relevância, onde desenvolveu análises estratégicas e conteúdos voltados para investimentos, benefícios sociais e gestão financeira.