A inflação no Brasil registrou um aumento de 0,44% em setembro, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento foi principalmente influenciado pela elevação dos preços da energia elétrica, que subiram consideravelmente em comparação ao mês anterior. Na região metropolitana de Curitiba, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 0,77%, superando a queda de 0,36% registrada em agosto.
A bandeira tarifária vermelha, que entrou em vigor no mês passado, resultou em um acréscimo de R$ 46 a cada 100 kWh consumidos. Essa mudança impactou diretamente a conta de luz dos consumidores, que enfrentaram uma alta de 5,36% na energia elétrica residencial. Além disso, os preços de alimentos e bebidas também apresentaram um aumento, revertendo a tendência de queda observada nos dois meses anteriores.
O grupo de alimentação, que registrou um aumento de 2,97% nas carnes e 2,79% nas frutas, foi severamente afetado pela estiagem e pelas condições climáticas adversas em várias regiões do país. André Almeida, gerente do IBGE, ressaltou que os principais responsáveis pela inflação em setembro foram os setores de habitação e alimentação.
A inflação acumulada no país atinge 3,31% no ano, enquanto nos últimos 12 meses o índice chega a 4,42%. Apesar de parecerem baixos, os números têm um impacto significativo no cotidiano dos consumidores, especialmente para as famílias de menor renda, que dependem de serviços essenciais e não podem evitar esses gastos.
Segundo Almeida, a percepção de aumento de custos vai além dos índices oficiais, com muitas pessoas sentindo um peso maior na hora de pagar as contas do supermercado. As famílias mais vulneráveis sentem mais o impacto do aumento da energia elétrica e dos alimentos, pois esses custos são indispensáveis.
Além do aumento dos preços, o governo também enfrenta desafios com a estrutura tributária que incide sobre a conta de luz, a qual é composta por mais de 30% de tributos. Essa situação, aliada à alta da bandeira tarifária, sugere que a inflação poderá continuar a crescer.
No Paraná, o Índice de Preços Regional de Alimentos e Bebidas, calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), também apresentou um aumento de 0,72% em setembro, revertendo as quedas anteriores. Os maiores aumentos foram registrados em Ponta Grossa (1,44%), Foz do Iguaçu (0,78%) e Curitiba (0,68%), enquanto a cebola, a batata e o alho tiveram queda de preços devido a safras satisfatórias.
Essa dinâmica de aumento de preços em produtos essenciais, como energia e alimentos, evidencia a interconexão dos setores econômicos e os desafios que consumidores e o governo enfrentam em um cenário de inflação crescente.
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