Em um movimento sem precedentes, a Amazon e outras gigantes globais como Bayer, BCG, Capgemini, H&M, e Walmart, se comprometeram a investir cerca de US$ 180 milhões em créditos de carbono para auxiliar na preservação da floresta Amazônica. Este acordo, facilitado pela LEAF Coalition, uma iniciativa de conservação florestal fundada em 2021, destaca uma resposta concreta das corporações às mudanças climáticas através da aquisição de 5 milhões de créditos de carbono a US$ 15 cada, valor consideravelmente acima da média de mercado.
O projeto, que representa a primeira intervenção do LEAF na Amazônia, foca na redução do desmatamento no estado do Pará, entre 2023 e 2026. Cada crédito adquirido simboliza a redução de tonelada uma métrica de emissões de carbono, contribuindo diretamente para a diminuição das taxas de desmatamento que estão assolados a região desde 2005.
A relevância desta parceria não está apenas nos números impressionantes, mas também na distribuição dos lucros obtidos com as vendas dos créditos. Segundo o governador do Pará, Helder Barbalho, uma parte significativa dos recursos será destinada às comunidades indígenas, ex-escravos, extrativistas tradicionais e fazendas familiares, fortalecendo a economia local e promovendo um desenvolvimento sustentável.
O Pará, que sediará a cúpula climática da ONU COP30 no próximo ano, mostra um compromisso renovado com as práticas ambientais, após uma série de políticas que levaram ao aumento do desmatamento na última década. A iniciativa também se alinha com o objetivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reestabelecer as credenciais ambientais do Brasil no cenário global.
A aquisição de tecnologia de créditos de carbono pelas empresas, que também incluiu gigantes da Microsoft, Meta e Google realizando compras semelhantes no Brasil neste ano, demonstra uma crescente consciência corporativa sobre o impacto das atividades humanas no clima global e a importância de investimentos em sustentabilidade.
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