A Agência Internacional de Energia (AIE) manteve sua previsão de que a demanda global por petróleo, gás natural e carvão atingirá o pico até o final desta década, reforçando as projeções apresentadas no ano passado. A conclusão foi apresentada no relatório, divulgado nesta quarta-feira (16), destacando o avanço do mundo em direção a um futuro mais eletrificado.
De acordo com Fatih Birol, diretor executivo da AIE, o planeta está migrando rapidamente para a “Era da Eletricidade”, que será marcada pelo aumento do uso de fontes energéticas de baixa emissão. Segundo Birol, esta fase definirá o futuro do sistema energético global, com foco em energias mais limpas e sustentáveis.
O relatório aponta que, sob as políticas vigentes, fontes de energia de baixa emissão devem gerar mais de 50% da eletricidade mundial antes de 2030. Apesar desse progresso, a demanda pelos três principais combustíveis fósseis – petróleo, gás natural e carvão – ainda está prevista para atingir seu ápice até o final desta década.
Birol destacou que a transição energética está em pleno curso e que o futuro da energia global será predominantemente elétrico. “Assim como testemunhamos a Era do Carvão e a Era do Petróleo, estamos entrando rapidamente na Era da Eletricidade, baseada em fontes limpas”, afirmou.
A AIE também prevê um excedente na oferta de petróleo e gás natural liquefeito (GNL) a partir da segunda metade desta década, o que pode reduzir os preços, aliviando a pressão sobre os consumidores. No entanto, o relatório alerta que esse alívio nos custos pode desviar a atenção de investimentos essenciais na transição para fontes de energia limpa.
A agência chamou a atenção dos formuladores de políticas para a importância de intensificar os investimentos em tecnologias limpas e eliminar subsídios ineficazes aos combustíveis fósseis. Para a AIE, esse movimento é crucial para acelerar a transição energética global.
Mesmo com o avanço nas adições de energia renovável, a AIE emitiu um alerta: o mundo ainda está distante de cumprir as metas de emissões zero. Recentemente, a agência destacou que, apesar dos esforços, o ritmo atual de crescimento das energias renováveis não será suficiente para triplicar a capacidade instalada até 2030, como exigido para alinhar-se aos objetivos de mitigação climática.
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