Mesmo localizado na região Norte — historicamente a mais cara do país para implantação de energia solar — o estado do Acre surpreendeu ao liderar o ranking de energia solar mais acessível ao consumidor em 2025. Segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (23) pela empresa Solfácil, o custo médio da energia solar no estado ficou em R$ 2,24 por Watt-pico (Wp) no segundo trimestre deste ano, abaixo da média nacional de R$ 2,51/Wp.
Esse desempenho coloca o Acre à frente de estados tradicionalmente mais competitivos nesse segmento, como Alagoas (R$ 2,27/Wp) e Amazonas (R$ 2,31/Wp), consolidando-se como o melhor local do país, no momento, para quem deseja investir em sistemas fotovoltaicos residenciais ou comerciais.
Custo por Watt-pico: indicador de viabilidade
O valor por Watt-pico representa o custo pela potência instalada de energia solar e é um dos principais indicadores utilizados para avaliar a viabilidade econômica da instalação de painéis solares. Ou seja, quanto menor esse valor, mais acessível se torna o investimento para consumidores que desejam gerar a própria energia elétrica.
A seguir, veja os três estados com os menores custos por Watt-pico em 2025:
Estado | Custo médio (R$/Wp) |
---|---|
Acre | R$ 2,24 |
Alagoas | R$ 2,27 |
Amazonas | R$ 2,31 |
Média Brasil | R$ 2,51 |
O desempenho positivo do Acre chama ainda mais atenção diante do contexto global adverso. Recentemente, a China — principal fornecedora de painéis solares para o Brasil — impôs uma nova taxa de exportação sobre esses equipamentos, pressionando os preços no mercado internacional.
Apesar disso, o estado acreano conseguiu registrar redução nos custos, o que pode estar relacionado a fatores como políticas locais de incentivo, aumento da concorrência regional entre instaladores e redução de custos logísticos em determinadas rotas.
Implicações para o mercado de energia renovável
Especialistas destacam que a liderança do Acre pode sinalizar uma descentralização dos investimentos em energia solar no Brasil, tradicionalmente mais concentrados nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. A tendência, se mantida, pode beneficiar consumidores de áreas historicamente menos favorecidas por infraestrutura energética moderna.
Além disso, a maior competitividade do setor solar no Norte pode ajudar a acelerar a transição energética no Brasil, ampliando o acesso à energia limpa e reduzindo a dependência de fontes fósseis ou hidrelétricas sujeitas a variações climáticas extremas.
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