A Acelen, subsidiária da Mubadala Capital, anunciou investimentos significativos para a modernização da refinaria de Mataripe, na Bahia. A principal iniciativa, segundo o COO da empresa, Celso Ferreira, envolve a ampliação de programas de transformação digital focados na prevenção de perdas e aumento da eficiência energética. A medida visa garantir maior continuidade operacional e competitividade no mercado.
Desde que assumiu a refinaria da Petrobras em 2021, a Acelen já injetou mais de R$ 2 bilhões em melhorias, incluindo a conclusão de um projeto que aumentou em 13% a produção de diesel. Agora, a empresa investe na integração de um projeto de energia solar, em parceria com a Perfin Infra Administração de Recursos e a Illian Energias Renováveis. O complexo solar de 161MW, previsto para entrar em operação no terceiro trimestre de 2025, será responsável por suprir a demanda energética da refinaria, reduzindo custos e promovendo uma operação mais sustentável.
O projeto, parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, exigirá um aporte de R$ 530 milhões, com financiamento do BNDES. O investimento visa garantir que a refinaria opere com um mix otimizado de matéria-prima e produtos de maior valor agregado, elevando sua competitividade no setor de petróleo e gás.
Além dos avanços tecnológicos, a Acelen implementou um aplicativo de patrulha ambiental que permite o monitoramento em tempo real de possíveis riscos em áreas industriais, reforçando o compromisso com práticas sustentáveis. A modernização da refinaria inclui ainda a instalação de um centro de manutenção integrado, que deve gerar uma economia de R$ 15 milhões por ano.
Parceria e controvérsias com a Petrobras
Em 2023, a Mubadala propôs à Petrobras uma parceria para o desenvolvimento de projetos no setor de refino e biorrefino, incluindo a criação de uma biorrefinaria na Bahia e outra em Minas Gerais, focadas em diesel renovável e combustível de aviação sustentável. Contudo, a possível retomada do controle da refinaria de Mataripe pela Petrobras foi descartada pela presidente da estatal, Magda Chambriard, que afirmou em agosto que a planta não era prioridade no momento.
A Acelen segue focada em seus projetos de modernização e eficiência, enquanto o debate sobre a parceria com a Petrobras permanece em aberto.
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