Em uma cerimônia realizada no estaleiro Tuas Boulevard Yard da Seatrium, em Cingapura, foi nomeado o FPSO Bacalhau, unidade flutuante de armazenamento, produção e descarga desenvolvida pela japonesa MODEC para operar no campo de Bacalhau, na Bacia de Santos, no Brasil. A embarcação, descrita como o maior FPSO já entregue ao país, está agora na fase final de preparação para sua viagem ao Brasil, onde será operada pela Equinor, com início de produção de petróleo estimado para 2025.
O FPSO Bacalhau, cuja integração foi realizada pela Seatrium após a conclusão dos módulos de superfície pela norueguesa Aibel, é o primeiro de seu tipo no mundo a receber a notação “Abate” da certificadora DNV, reconhecimento de seu comprometimento com a sustentabilidade. A notação destaca o foco da Seatrium em minimizar emissões de carbono, alinhando-se aos esforços globais por uma transição energética mais limpa.
A cerimônia de nomeação reuniu representantes da indústria de petróleo e gás, incluindo executivos da Equinor e seus parceiros no projeto Bacalhau: ExxonMobil Brasil, Petrogal Brasil e Pré-Sal Petróleo S/A (PPSA). A presidente da Equinor Brasil, Verônica Coelho, teve a honra de nomear oficialmente o FPSO, que em breve cruzará o oceano para iniciar suas operações.
Um marco tecnológico e ambiental
O FPSO Bacalhau destaca-se por sua dimensão e capacidade técnica. Com um comprimento de 364 metros e uma largura de 64 metros, ele possui um calado projetado de 22,65 metros e uma área de convés que abrange 17.400 metros quadrados, o equivalente a três campos de futebol. Conectado a 19 poços submarinos, o Bacalhau marca a primeira aplicação do casco M350 da MODEC, uma tecnologia de última geração que visa otimizar a eficiência e segurança das operações offshore.
Para Takeshi Kanamori, Chairman e Executive Officer da MODEC, o FPSO Bacalhau é resultado de uma colaboração global. “Este projeto representa inúmeras horas de planejamento e engenharia, com colaboração transfronteiriça. Reflete nosso comprometimento com inovação, segurança, qualidade e sustentabilidade. Quando o FPSO zarpar para o Brasil, ele levará as esperanças e aspirações de nossa equipe e das comunidades que servimos”, afirmou Kanamori.
Expectativas para a produção na Bacia de Santos
O FPSO Bacalhau é um dos investimentos mais robustos em infraestrutura offshore no Brasil, parte da estratégia de expansão da Equinor na América Latina. Com previsão de produção de óleo para 2025, a embarcação é aguardada com expectativa, visto que o campo de Bacalhau é uma das maiores reservas de petróleo no pré-sal brasileiro, e sua exploração pode consolidar a posição do Brasil como um dos grandes produtores globais de petróleo.
Sustentabilidade em foco
Além de sua impressionante capacidade de produção, o Bacalhau também representa um avanço em sustentabilidade para a indústria de FPSOs. A certificação DNV “Abate” recebida em julho deste ano destaca o esforço da Seatrium e da MODEC para reduzir a pegada de carbono do projeto. Esse compromisso com a sustentabilidade reflete uma crescente demanda da indústria por soluções energéticas mais limpas e eficientes, alinhadas com as metas de descarbonização globais.
Um novo padrão para a indústria de FPSOs
A chegada do FPSO Bacalhau ao Brasil não apenas fortalece a operação no campo de Bacalhau, mas estabelece novos padrões para futuras unidades flutuantes de produção. O FPSO Bacalhau será fundamental para a expansão da capacidade de produção da Equinor e seus parceiros na Bacia de Santos, contribuindo para o desenvolvimento econômico local e posicionando o Brasil de forma estratégica no cenário energético global.
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