A multinacional Baker Hughes, líder em tecnologia de energia, anunciou a assinatura de contratos estratégicos com a Petrobras para fornecer sistemas de tubos flexíveis destinados aos campos de petróleo do pré-sal brasileiro. A assinatura ocorreu em 15 de outubro de 2024 e envolve a entrega de 77 quilômetros de tubulações, especialmente projetadas para resistir às condições corrosivas geradas pelas elevações de concentrações de CO2 presentes nesses campos.
O conjunto dos sistemas está programado para começar em 2026, e incluirá risers e linhas de fluxo para a produção de hidrocarbonetos, além de linhas para injeção de gás e água. Esses sistemas visam facilitar a recuperação do petróleo durante a redução das emissões de CO2, por meio da reinjeção de gás nos poços, em uma iniciativa planejada com os esforços da Petrobras para uma operação mais sustentável e de baixo carbono.
Tecnologia avançada contra a corrosão
O principal desafio para as operações em ambientes de alta concentração de CO2 é a corrosão causada pelo estresse. A Baker Hughes empregará sua expertise em tecnologia submarina para desenvolver sistemas que possam operar de maneira eficiente e segura nos campos de Búzios, Libra, Berbigão, Sururu e Sépia. A fábrica da Baker Hughes em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, será responsável pela produção dos tubos flexíveis, reforçando a cadeia de suprimentos nacional e gerando empregos locais.
Crescimento no Brasil e investimento na economia local
A parceria com a Petrobras reflete o compromisso de longo prazo da Baker Hughes com o setor offshore brasileiro, além de fortalecer a economia local através da fabricação no Brasil. A instalação em Niterói é um dos principais polos de produção de sistemas de tubos flexíveis para a indústria global de petróleo e gás, empregando centenas de trabalhadores e contribuindo para o desenvolvimento econômico do estado.
Nos últimos meses, a Baker Hughes também assinou outros contratos com a Petrobras, totalizando 69,1 milhas de sistemas adicionais e serviços associados. A empresa está envolvida em operações integradas no campo de Búzios, além de oferecer soluções para manutenção e encerramento de poços tanto no pré-sal quanto no pós-sal.
Resultados financeiros robustos e perspectiva positiva
Na sua recente teleconferência de resultados do terceiro trimestre de 2024, a Baker Hughes destacou um crescimento consistente, com um aumento de 20% no EBITDA em relação ao ano anterior e margens de 17,5%, as mais altas desde 2017. A empresa também reportou um fluxo de caixa livre de US$ 754 milhões e manteve um volume de pedidos no segmento de Tecnologia de Energia Integrada superior a US$ 2,9 bilhões, reafirmando sua posição de liderança no mercado.
A Baker Hughes prevê um crescimento contínuo da demanda por infraestrutura de gás natural até 2040, e projeta um aumento nos gastos globais com operações upstream em 2025. A empresa também se compromete a alcançar entre US$ 6 bilhões e US$ 7 bilhões em novos pedidos de energia até 2030.
Uma aposta na inovação e sustentabilidade
O sucesso da Baker Hughes em garantir contratos como o da Petrobras deve à sua saúde financeira sólida e ao foco em inovação. Com uma classificação de saúde financeira elevada e uma política de dividendos mantida por 38 anos consecutivos, a empresa demonstra compromisso tanto com o crescimento sustentável quanto com o retorno aos acionistas. As soluções tecnológicas inovadoras, especialmente projetadas para ambientes com altos níveis de CO2, são um passo significativo na transição para operações de energia mais limpas e eficientes, reforçando a posição estratégica da Baker Hughes no cenário global.
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