quinta-feira, 21 novembro / 2024

Com o objetivo de se consolidar como principal destino turístico da América do Sul até 2027, superando a Argentina, o Brasil investe na ampliação de sua infraestrutura de transportes e na promoção de novos destinos e produtos turísticos. O governo também aposta em grandes eventos populares, como o Carnaval e o Festival de Parintins, para movimentar a economia e ampliar a visitação turística em diversas regiões do país.

Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, o plano inclui aumentar a oferta de voos e investimentos em hotelaria, com foco em ampliar o número de viagens domésticas de 93 milhões em 2024 para 150 milhões até 2027. O fortalecimento da infraestrutura turística também tem como meta gerar um milhão de novas vagas formais de trabalho no setor, passando de 2 milhões para 3 milhões de postos de trabalho.

“Com mais voos, mais hotéis e dinheiro no bolso, o brasileiro está visitando mais o Brasil, conhecendo mais destinos turísticos nacionais”, destacou Sabino em debate promovido pela série “Caminhos do Brasil”, organizado por O Globo, Valor Econômico e CBN.

O potencial de atração de visitantes internacionais também é promissor. Em 2023, o Brasil recebeu 5,91 milhões de turistas estrangeiros, gerando uma receita recorde de US$ 6,9 bilhões. A expectativa é superar essa marca em 2024, impulsionada pela oferta de mais de 34,3 mil voos internacionais até dezembro, o que deve gerar uma receita estimada de US$ 8,1 bilhões em 2027.

As festas populares têm desempenhado um papel fundamental nesse cenário. Eventos como o Carnaval no Rio de Janeiro e o Círio de Nazaré, em Belém, não só atraem milhares de turistas, como também geram impactos econômicos significativos. Segundo um estudo do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFEC-RJ), os turistas deixaram cerca de R$ 2,35 bilhões apenas no Rio de Janeiro durante o Carnaval deste ano. O Festival de Parintins (AM), por exemplo, atraiu 120 mil visitantes em 2024, gerando um impacto econômico de R$ 180 milhões, um aumento de 23,2% em relação ao ano anterior.

O governo também trabalha para facilitar o turismo em regiões mais remotas, oferecendo subsídios e parcerias para estimular a aviação regional. O programa Voa Brasil, por exemplo, oferece passagens aéreas a preços acessíveis para aposentados e estudantes, incentivando o turismo interno. A presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Ana Carolina Medeiros, reconhece que o custo elevado de algumas localidades ainda é um desafio, mas destaca que o Brasil é um destino competitivo para estrangeiros devido ao custo de vida relativamente baixo.

Com a melhoria da conectividade aérea e a ampliação de destinos turísticos, o Brasil busca fortalecer o turismo como um dos pilares da economia, promovendo o desenvolvimento regional e a geração de emprego e renda. O Plano Nacional do Turismo prevê que, em 2027, o país estará ainda mais conectado e preparado para receber tanto turistas nacionais quanto estrangeiros, consolidando-se como um dos destinos mais procurados da região.

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Com 10 anos de experiência jornalística, Naiane Santana é formada pela UFBA e escreve sobre inovações no setor automotivo, com foco em veículos elétricos e sustentabilidade. Seu trabalho conecta tecnologia, transporte e o futuro da mobilidade urbana.