A Renova Energia, uma das principais empresas brasileiras do setor de energia renovável, está próxima de encerrar seu processo de recuperação judicial. A companhia anunciou que seu credor, VC Energia II Fundo de Investimento em Participações, concordou em converter R$ 524 milhões em dívida (cerca de US$ 93,57 milhões) em ações, ao preço de R$ 1,08 por unit. Esse passo é fundamental para a reestruturação financeira da empresa, que desde 2019 luta para superar uma dívida acumulada de mais de R$ 3 bilhões.
O problema financeiro da Renova foi impulsionado pela rápida expansão de seus projetos de energia renovável, resultando em um desequilíbrio nas finanças. Nos últimos cinco anos, no entanto, a companhia conseguiu reduzir sua dívida para aproximadamente R$ 1,3 bilhão (US$ 232,14 milhões) por meio de vendas de ativos e outras iniciativas de reestruturação.
Agora, a Renova está finalizando negociações com credores para alongar os prazos de suas dívidas e reduzir as taxas de juros, enquanto planeja vender cerca de um terço de seu portfólio de projetos eólicos e solares, que totalizam 9 gigawatts, a fim de levantar mais capital. A empresa também está resolvendo uma disputa judicial com a Casa dos Ventos, o que pode resultar em uma indenização de R$ 40 milhões (US$ 7,14 milhões).
O fundo AP Energias Renováveis, que detém 60% das ações da Renova, desempenha um papel estratégico no controle da empresa. Com essas medidas em andamento, a expectativa é que a Renova saia da recuperação judicial até o final de 2024 e reduza sua dívida para cerca de R$ 800 milhões (US$ 142,86 milhões).
A Renova também projeta novos investimentos, com foco em usinas solares no complexo eólico Alto Sertão III, na Bahia, o que pode garantir um futuro mais sustentável e próspero para a companhia no setor de energia renovável no Brasil.
Quer saber tudo
o que está acontecendo?
Receba todas as notícias do O Petróleo no seu WhatsApp.
Entre em nosso grupo e fique bem informado.
Deixe o Seu Comentário