Na terça-feira, 22 de outubro de 2024, o Ministério do Comércio da China anunciou um aumento significativo de 6% na cota total de importação de petróleo bruto destinada a refinadores privados, estabelecendo a nova cota em aproximadamente 5,14 milhões de barris por dia (bpd) para o ano de 2025. Essa alteração eleva a cota combinada de importação para empresas não estatais de 243 milhões para 257 milhões de toneladas métricas, de acordo com cálculos.
As refinarias privadas na China dependem dessas cotas para importar petróleo bruto que será processado em suas instalações. O aumento da cota é um indicativo do crescimento do setor privado de refino no país, que recentemente ganhou impulso com a inauguração da Shandong Yulong Petrochemical, a mais nova refinaria da China, que começou a operar no mês passado com uma capacidade de 200.000 bpd. Uma segunda unidade de processamento também está prevista para entrar em funcionamento em breve.
O Ministério do Comércio também revelou que o primeiro lote de cotas de importação será alocado aos requerentes qualificados até o final deste ano. No entanto, empresas que não realizaram importações nos últimos dois anos ficarão de fora dessa distribuição.
A medida de aumentar as cotas está alinhada com a prática anual da China, que observa atentamente as demandas das refinarias e as capacidades operacionais emergentes para ajustar e potencialmente expandir as cotas no futuro. Analistas do setor acompanham esses lotes, que geralmente ocorrem de três a quatro vezes ao ano, em busca de pistas sobre a estratégia de importação de petróleo bruto da China.
Apesar deste aumento nas cotas, a demanda por petróleo bruto na China tem apresentado desempenho abaixo do esperado em 2024, impactando os preços do petróleo e levando organizações como a OPEP e a Agência Internacional de Energia (AIE) a revisarem suas projeções de crescimento da demanda global. O consumo mais fraco e o aumento nas vendas de veículos elétricos estão projetados para continuar a impactar o crescimento da demanda global por petróleo nos próximos anos, conforme apontou o diretor da AIE.
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