quinta-feira, 21 novembro / 2024

Em um cenário de crescimento robusto nas indústrias de petróleo e gás, Guiana e Suriname estão iniciando uma colaboração significativa para desenvolver em conjunto os recursos de gás natural offshore próximos à sua fronteira. A iniciativa foi anunciada pelo CEO da Staatsolie, empresa estatal de petróleo do Suriname, Annand Jagesar, que destacou a importância de um compromisso mútuo entre os dois países.

Segundo Jagesar, embora o progresso não seja imediato, é crucial estabelecer um entendimento para a cooperação futura. “Pode levar anos até encontrarmos um conceito de desenvolvimento”, afirmou ao jornal Ware Tijd. A parceria inclui os campos de gás Makka e Kwaskwasi, localizados no Suriname, e Haimara e Pluma, na Guiana, ambos próximos à fronteira entre os dois países.

Nos últimos anos, Guiana e Suriname têm se destacado no cenário energético global, com descobertas de bilhões de barris de petróleo em suas bacias sedimentares offshore. A ExxonMobil, por exemplo, descobriu mais de 11 bilhões de barris na costa da Guiana, consolidando o país como um importante centro de produção de petróleo. Com a ExxonMobil liderando a exploração, a Guiana se tornou um novo exportador de petróleo em 2019, com uma produção atual de 665.000 barris por dia (bpd) e previsões que superam 1 milhão de bpd a longo prazo. O governo guianense planeja aumentar a produção total para mais de 1,6 milhão de bpd até 2030, visando maximizar os retornos antes de um possível pico na demanda.

No Suriname, a TotalEnergies, uma das maiores empresas de energia da França, recentemente anunciou sua decisão de investimento para o projeto GranMorgu, localizado no Bloco offshore 58. Este projeto visa desenvolver as descobertas de petróleo de Sapakara e Krabdagu, com uma expectativa de produção de 220.000 bpd em seu pico, com um investimento estimado de US$ 10,5 bilhões e previsão de início de produção em 2028.

A colaboração entre Guiana e Suriname não apenas representa um passo importante para a exploração de recursos energéticos na região, mas também sinaliza um esforço conjunto para fortalecer suas indústrias em um momento de crescimento global na demanda por energia. Essa parceria pode servir como um modelo para outras nações da América do Sul que buscam maximizar seu potencial energético e garantir um futuro sustentável na área de recursos naturais.

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Thailane Oliveira é advogada formada pela USP e possui mais de 12 anos de experiência em políticas públicas e legislação de trânsito. Seus artigos explicam de forma clara as mudanças nas leis que afetam motoristas, ciclistas e usuários de transporte público.