Os preços do petróleo registraram uma alta significativa nesta quinta-feira, 17 de outubro de 2024, após a divulgação que apontaram uma redução de 2,2 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos na semana encerrada em 11 de outubro. A queda nos estoques surpreendeu o mercado, que na semana anterior havia testemunhado um aumento expressivo de 5,8 milhões de barris, pressionando temporariamente os preços.
Esse novo cenário foi antecipado um dia antes pela estimativa do American Petroleum Institute (API), que reportou uma queda inesperada de 1,58 milhão de barris nos estoques de petróleo bruto, impulsionando os preços.
Além do petróleo bruto, os estoques de gasolina também caíram 2,2 milhões de barris, enquanto os estoques de destilados médios tiveram uma redução de 3,5 milhões de barris, ambos contribuindo para a alta dos preços. No caso da gasolina, a produção média foi de 9,3 milhões de barris diários, menor que os 10,2 milhões de barris da semana anterior.
No entanto, a alta dos preços não se deve apenas à redução nos estoques. O cenário global continua incerto, com os mercados reagindo às revisões das previsões de demanda divulgadas pela OPEP e pela Agência Internacional de Energia (AIE). Ambas as organizações reduziram suas projeções pela terceira vez consecutiva, destacando um crescimento mais fraco na demanda por petróleo. A OPEP agora espera um crescimento de 1,95 milhão de barris por dia (bpd) até o final do ano, enquanto a AIE projeta um aumento inferior a 1 milhão de barris diários.
Além disso, o mercado mantém cautela diante das tensões no Oriente Médio, que ganharam força após o ataque com mísseis do Irã contra Israel no início do mês. A resposta de Israel ainda está sendo aguardada, mantendo os investidores em alerta para possíveis impactos no fornecimento global de petróleo. Também há expectativa sobre o próximo pacote de estímulo econômico do governo chinês, o que pode influenciar a demanda de petróleo do país, um dos maiores consumidores globais.
Diante desse cenário, o petróleo segue em alta, alimentado tanto pelas incertezas geopolíticas quanto pelos dados de oferta e demanda. O mercado continua volátil, aguardando desdobramentos que podem alterar significativamente o equilíbrio global do setor energético.
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