Após uma sequência de quatro dias em queda, os preços do petróleo mostraram sinais de estabilização na quinta-feira, impulsionados por uma combinação de fatores geopolíticos e dados econômicos. No entanto, o otimismo foi temperado pelo ceticismo em relação às últimas medidas de estímulo econômico anunciadas pela China, que não convenceram os mercados.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo bruto West Texas Intermediate para entrega em novembro registrou uma ligeira alta de 16 centavos, alcançando US$ 70,56 por barril. Enquanto isso, o Brent, referência global, subiu 10 centavos, para US$ 74,33 o barril na ICE Futures Europe. Contrariamente, a gasolina de novembro teve uma queda de 0,1%, fixando-se em US$ 2,03 o galão. Em contraste, o óleo de aquecimento e o gás natural registraram aumentos modestos.
As tensões no Oriente Médio, especialmente entre Israel e Irã, tiveram um papel crucial nos movimentos do mercado nesta semana. Após um ataque de drone iraniano a Israel no início de outubro, esperava-se que Israel retaliaria, o que poderia incluir ataques às infraestruturas petrolíferas iranianas. No entanto, essas expectativas diminuíram, reduzindo também a volatilidade nos preços do petróleo.
Contribuindo para a estabilização dos preços, o American Petroleum Institute reportou uma queda inesperada nos estoques de petróleo bruto dos EUA de 1,6 milhão de barris, contrariando a previsão de aumento de 1,5 milhão de barris. Este dado foi recebido como um indicativo positivo de curto prazo para o mercado.
Ao mesmo tempo, as medidas de estímulo anunciadas pela China, que incluíram aumento do financiamento bancário para projetos habitacionais, deixaram os traders desapontados. Essas ações falharam em dissipar as preocupações sobre a demanda futura de petróleo, especialmente considerando o papel da China como o maior importador mundial da commodity.
O impacto dessas medidas foi sentido também nos mercados de commodities industriais e nos índices acionários da China e de Hong Kong, que experimentaram quedas após o anúncio.
Diante desse cenário, os mercados permanecem cautelosos, equilibrando as esperanças de uma oferta estável contra as incertezas geopolíticas e econômicas globais. A interação entre esses fatores continuará a ser decisiva para os futuros movimentos dos preços do petróleo.
Quer saber tudo
o que está acontecendo?
Receba todas as notícias do O Petróleo no seu WhatsApp.
Entre em nosso grupo e fique bem informado.
Deixe o Seu Comentário