Primeiros trabalhos físicos do projeto de gás Venezuela-Trinidad começam

A Shell deu início aos trabalhos preliminares em um projeto conjunto de gás natural envolvendo Venezuela e Trinidad e Tobago. Um levantamento geofísico e geotécnico está prestes a ser realizado no campo de gás Dragão, localizado em águas venezuelanas, próximo à fronteira marítima com Trinidad. O objetivo é exportar gás do campo para a plataforma Hibiscus, operada pela Shell na costa norte de Trinidad e Tobago, através de um gasoduto de 22 quilômetros, ainda aguardando aprovação final de investimento.

A embarcação “Dona Jose 2”, fretada pela Geohidra, uma empresa venezuelana contratada pela Shell, será responsável por coletar dados técnicos essenciais para a avaliação da infraestrutura existente. O navio utilizará tecnologias avançadas, como sonar de varredura lateral e ecobatímetro multifeixe, para mapear o fundo do mar e fornecer informações detalhadas que apoiarão o desenvolvimento de novas instalações e o traçado do gasoduto.

Essa fase marca o primeiro trabalho físico realizado pela Shell no campo de Dragão e ocorre apenas dez meses após Trinidad e Tobago receber uma licença de 30 anos para explorar, produzir e exportar gás dessa área. O projeto está sendo acelerado com vistas à monetização do gás, o que trará benefícios econômicos significativos para Trinidad e Tobago.

Autoridades de ambos os países, incluindo o primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, Keith Rowley, e o ministro de Energia, Stuart R. Young, visitaram o navio “Dona Jose 2” no porto de Tembladora, em Chaguaramas, para acompanhar o início das operações. Young destacou a importância do projeto para a economia local, frisando que a arrecadação gerada pelo setor energético é vital para o financiamento de serviços públicos, como hospitais e escolas.

O campo de gás Dragão, descoberto em águas venezuelanas, possui uma reserva estimada de 4,2 trilhões de pés cúbicos de gás, o que reforça o potencial estratégico do projeto para os dois países.