sexta-feira, 22 novembro / 2024

Durante o evento “Anchan Climate Impact 2024”, realizado na sede da ONU em Nova York, o diretor executivo de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tomas Quim, abordou as iniciativas da empresa para impulsionar a transição energética e sua posição sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial.

Quim ressaltou que, apesar dos desafios impostos pela crise climática, a Petrobras continua a ser uma referência no setor petrolífero, com 70 anos de experiência em exploração. Em resposta à crescente necessidade de se afastar dos combustíveis fósseis, a companhia implementou um plano estratégico que prevê um investimento de US$ 11,5 bilhões em energias renováveis ao longo de cinco anos, o que representa cerca de 11% do total de seus investimentos nesse período.

O executivo destacou a criação de uma diretoria específica para transição energética, que busca diversificar o portfólio da Petrobras, focando em produtos de baixo carbono e soluções de descarbonização. Isso inclui investimentos em geração de energia elétrica, com ênfase em projetos de energia eólica e solar, além de estudos para explorar a energia eólica offshore, que ainda enfrenta desafios de custo e regulamentação.

Outro ponto importante abordado por Quim foi a introdução de biocombustíveis, como o diesel R, uma mistura de óleo vegetal e petróleo que é refinada para gerar um produto com menor impacto ambiental. A Petrobras também está desenvolvendo tecnologias para produzir combustíveis renováveis para aviação, visando atender as exigências internacionais de substituição de combustíveis fósseis até 2027.

Em relação à Margem Equatorial, Quim argumentou que a demanda global por petróleo ainda será significativa por um tempo, mesmo em cenários que visam limitar o aumento da temperatura a 1,5 graus Celsius. Ele afirmou que as projeções indicam que a necessidade mundial pode se estabilizar em torno de 60 milhões de barris por dia, uma redução em relação ao consumo atual de 100 milhões, mas ainda substancial.

O executivo defendeu que países capazes de produzir petróleo com menor emissão de carbono, como é o caso da Petrobras, devem ter um papel no fornecimento dessa demanda futura. Ele observou que as reservas da empresa estão diminuindo, tornando a exploração de novas áreas necessária para evitar um declínio acentuado na produção.

Quim finalizou ressaltando que a questão do uso de combustíveis fósseis nos veículos é uma política do governo federal e do Congresso, que busca aumentar a proporção de biodiesel e introduzir biocombustíveis no mercado, um passo importante para a transição para uma matriz energética mais limpa.

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Thailane Oliveira é advogada formada pela USP e possui mais de 12 anos de experiência em políticas públicas e legislação de trânsito. Seus artigos explicam de forma clara as mudanças nas leis que afetam motoristas, ciclistas e usuários de transporte público.