A crescente instabilidade no Oriente Médio, especialmente em função do agravamento dos conflitos entre Israel e o Irã, está gerando um aumento significativo nos preços do petróleo. Na última segunda-feira, o valor do barril de Brent superou os US$ 80, seu nível mais alto desde agosto deste ano. A escalada nas tensões regionais tem gerado receios sobre possíveis interrupções no fornecimento de petróleo, particularmente de grandes produtores como o Irã.
O conflito mais recente teve como estopim o ataque de mísseis iranianos contra Israel, o que elevou as especulações sobre uma resposta militar israelense que poderia atingir infraestruturas críticas de petróleo. Com isso, o mercado global de petróleo observou uma valorização de 3,7% no Brent, assim como o petróleo West Texas Intermediate (WTI), que também seguiu a mesma tendência de alta, fechando em US$ 77 por barril.
As tensões vêm aumentando em uma região que responde por cerca de um terço do fornecimento mundial de petróleo. Analistas do Goldman Sachs já projetam que, em um cenário de interrupção do fornecimento iraniano, o preço do Brent pode atingir a marca de US$ 90.
Além do conflito, há fatores climáticos contribuindo para a volatilidade nos mercados. O furacão Milton, que ameaça operações no Golfo do México, levou a Chevron a evacuar funcionários de uma plataforma e interromper a produção, adicionando mais incerteza aos mercados.
Esse cenário de incerteza levou muitos investidores e fundos especulativos a reverem suas posições. Consultores de commodities indicam que a recente alta pode atrair um volume significativo de compras, estimadas em até US$ 40 bilhões, se os preços continuarem a subir.
Enquanto isso, a economia dos Estados Unidos apresenta sinais de recuperação, após um relatório robusto sobre o mercado de trabalho divulgado na última semana. Essa perspectiva reduz a probabilidade de novos cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve, o que também afeta o comportamento dos mercados de petróleo.
As expectativas se voltam agora para o Oriente Médio, onde os desdobramentos do conflito podem definir o rumo dos preços nas próximas semanas.
Quer saber tudo
o que está acontecendo?
Receba todas as notícias do O Petróleo no seu WhatsApp.
Entre em nosso grupo e fique bem informado.
Deixe o Seu Comentário