Petrobras se aproxima de revitalização do campo de Tupi e planeja investir US$ 4 bilhões

A Petrobras, maior empresa de energia do Brasil, está prestes a dar um passo crucial na revitalização do campo de petróleo de Tupi, uma das maiores reservas de águas profundas do mundo. A companhia está em vias de resolver uma longa disputa tributária com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o que permitirá a extensão do contrato operacional de Tupi por mais 27 anos. Este avanço é fundamental para justificar o investimento bilionário necessário para aumentar a produção no local.

Descoberto em 2006, o campo de Tupi foi um divisor de águas para a indústria petrolífera brasileira, consolidando o Brasil entre os principais produtores globais. Atualmente, Tupi continua a ser uma fonte importante de receita, com uma produção diária de mais de 760.000 barris de petróleo — superior à de países inteiros, como Colômbia e Venezuela. Entretanto, com o declínio natural da produção, a Petrobras busca medidas para manter e, eventualmente, expandir a extração.

Para isso, a estatal brasileira planeja a perfuração de novos poços e a realização de pesquisas sísmicas mais avançadas, visando aumentar as taxas de extração. Além disso, há a possibilidade de adicionar uma nova unidade de produção flutuante, cuja construção pode demandar até US$ 4 bilhões e levar alguns anos para ser concluída.

No entanto, o imbróglio tributário com a ANP ainda precisa ser solucionado. A Petrobras defende que o campo de Tupi seja tratado como dois blocos distintos — Tupi e Cernambi —, enquanto a ANP argumenta que ele deve ser considerado um só. A resolução dessa questão, que envolve US$ 2,6 bilhões em depósitos legais, é vital para que a Petrobras, junto a seus parceiros, como Shell e Galp, siga adiante com os planos de expansão.

Com a demanda mundial por petróleo permanecendo elevada, a extensão da produção em Tupi pode consolidar o Brasil entre os maiores produtores por mais tempo, fortalecendo sua posição no cenário energético global.