Em recente declaração no Conselho de Segurança da ONU, representantes dos Estados Unidos e do Irã reacenderam as discussões sobre a estabilidade no Oriente Médio, alertando sobre possíveis retaliações entre Irã e Israel. Enquanto isso, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenado por Benjamin Netanyahu como persona non grata, enfatizou a necessidade de cessar o ciclo de violência na região.
Leonardo Trevisan, professor de relações internacionais da ESPM, analisa o cenário de crescentes tensões e destaca a potencial influência da China. Apesar das críticas severas de Vladimir Putin aos Estados Unidos pela perda de controle na região, Trevisan ressalta que a situação interna da Rússia, envolvida em conflitos com a Ucrânia, limita sua capacidade de influência. Em contraste, a China emerge como um player crucial, dada sua relação econômica com o Irã, que inclui a aquisição de todo o petróleo iraniano não comprado pelo Ocidente devido a sanções americanas, além de ser a principal fornecedora de insumos industriais para o Irã.
A principal preocupação da China no Oriente Médio é manter os preços do petróleo baixos para sustentar suas exportações globais e estabilidade econômica. Um conflito ampliado na região poderia desestabilizar esse equilíbrio, levando a uma escalada nos preços do petróleo, prejudicando significativamente os negócios chineses. A influência da China, evidenciada por encontros diplomáticos notáveis entre facções historicamente opostas sob a mediação chinesa, sugere que a nação não só tem a capacidade, mas também o forte interesse em moderar as tensões no Oriente Médio.
Diante desse cenário, é provável que a diplomacia chinesa atue silenciosamente, mas com firmeza, para prevenir qualquer escalada que possa levar a uma crise de preços no mercado de petróleo. O mundo observa enquanto a China posiciona-se não apenas como um parceiro comercial, mas como um agente de estabilidade geopolítica em uma região marcada por décadas de conflitos.
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