Em meio aos preparativos para a cúpula anual do BRICS em Kazan, Rússia, prevista para acontecer de 22 a 24 de outubro, a possível inclusão da Venezuela na próxima fase de expansão do bloco tornou-se incerta. Segundo fontes brasileiras anônimas familiarizadas com divulgação recente na ONU, a Venezuela não apareceu na lista preliminar de novos membros potenciais que a Rússia, titulares da presidência rotativa do bloco, especificamente com os membros atuais.
Essa reunião de cúpula vem após a adição de quatro novos membros, Irã, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Egito, em janeiro deste ano, expandindo o alcance geopolítico do grupo que já inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A inclusão de novos membros sugere um fortalecimento das relações entre economias emergentes, mas o cenário para a Venezuela mostra desafios.
A resistência do Brasil à admissão da Venezuela é influenciada pelas recentes eleições venezuelanas, consideradas controversas por diversos observadores internacionais, incluindo o governo brasileiro. As eleições reelegeram o presidente Nicolás Maduro, que enfrentou críticas pela falta de transparência no processo eleitoral. Além disso, o Brasil também teria vetado a admissão da Nicarágua, destacando uma proteção nas relações diplomáticas entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Daniel Ortega.
No cenário internacional, o presidente Maduro sinalizou que, diante das pressões crescentes, considera realocar blocos de petróleo e gás para as nações do BRICS, uma manobra que reflete tanto uma estratégia de alinhamento político quanto econômico.
Além da expansão em membros, os países do BRICS trabalham em um sistema conjunto de pagamento e liquidação para facilitar o comércio intragrupo, uma iniciativa anunciada pelo presidente russo Vladimir Putin. Este esforço visa reduzir a dependência dos sistemas financeiros ocidentais, reforçando a autonomia e a integração econômica entre os membros dos países.
A expansão futura do BRICS, que representa cerca de 46% da população global e mais de 36% do PIB mundial, indica um reposicionamento estratégico significativo no cenário econômico global. No entanto, a inclusão da Venezuela permanece uma questão aberta, refletindo as complexidades das relações internacionais dentro do bloco.
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