Durante uma análise recente, especialistas discutiram a possibilidade de uma escalada no conflito no Oriente Médio e seu impacto no cenário global, com foco nas ações de Israel, a postura do Irã e o papel decisivo da China na manutenção da estabilidade econômica.
No entanto, o professor Salem chamou a atenção para uma inflação importante que pode indicar o verdadeiro nível de tensão: o preço do petróleo. Embora os mercados estejam atentos às movimentações no Oriente Médio, o preço do Brent, referência global, caiu de US$ 73 para US$ 71, indicando que o mercado não espera uma guerra iminente. “Se houvesse uma expectativa de guerra, o preço do petróleo estaria subindo”, afirmou o professor.
Um dos fatores apontados para essa relativa calmaria nos preços do petróleo é o papel da China, principal compradora do petróleo iraniano. A China, segundo os especialistas, está focada em revitalizar sua economia e evitar qualquer perturbação no fornecimento de petróleo que possa prejudicar sua recuperação industrial. Isso explicaria a razão pela qual o preço do petróleo não disparou, apesar das pesadas geopolíticas.
Ainda segundo a análise, a dependência do Irã em relação à China é um ponto-chave. O país asiático fornece os insumos industriais necessários ao Irã, em meio a avaliações econômicas. Dessa forma, o Irã é mais suscetível às demandas chinesas do que às suas próprias ambições regionais. “O Irã não pode se dar ao luxo de desobedecer à China neste momento”, comentou o professor.
O cenário reflete uma mudança na geopolítica mundial, com a China ocupando um espaço cada vez maiores nas decisões que afetam o Oriente Médio. A situação levanta questões sobre quem realmente não está no comando da dinâmica global. Enquanto os EUA, representados pelo presidente Biden, podem parecer mais distantes, a influência chinesa continua a crescer, moldando o futuro da região e, por extensão, do mercado global de petróleo.
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