A indústria petrolífera brasileira, em meio a um crescimento acelerado, está às voltas com uma crise de escassez de trabalhadores específicos, segundo Telmo Ghiorzi, secretário executivo da Abespetro. Com o plano da Petrobras de implantar 14 novas plataformas até 2029, estima-se a necessidade de cerca de 8.000 novos empregados. A urgência em treinar e desenvolver esses profissionais torna-se um ponto crucial para sustentar esse crescimento.
Essa expansão ocorre em um momento em que o setor de petróleo brasileiro vive uma era de prosperidade, com níveis de atividade se aproximando dos recordes de 2014. As empresas, diante do desafio, oferecem atividades que são em média 5,7 vezes superiores às de funções similares em outros setores, refletindo a alta especialização exigida.
Além disso, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) destaca planos para 42 novas unidades de produção entre 2024 e 2028, projetando investimentos adicionais de 24 bilhões de reais em exploração. Apesar do foco crescente em energias renováveis e sustentabilidade, o setor petrolífero sustenta que a demanda por petróleo continua, argumentando que a produção nacional contribui para a descarbonização global.
A convergência desses fatores coloca a indústria em um cenário de expansão contínua, com projeções de aumento da produção de petróleo de 4 milhões para 5 milhões de bairros diários até 2030. O sucesso dessa expansão, contudo, dependerá diretamente da capacidade do setor em resolver a crise de mão de obra entregue.
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