Cubico revoluciona mercado eólico brasileiro com investimento de R$ 2 bilhões

Em um movimento estratégico para fortalecer sua presença no mercado de energia renovável na América Latina, a Cubico Sustainable Investments, empresa global de gestão de investimentos em energia e água, anunciou a aquisição de dois importantes complexos eólicos no Brasil, totalizando um investimento de R$ 2 bilhões. O anúncio foi feito juntamente com a abertura de um novo escritório em São Paulo, que servirá como base para futuras operações não apenas no Brasil, mas também em países vizinhos como Peru, Colômbia, Uruguai, Panamá e Costa Rica.

A aquisição envolve os complexos eólicos de Caetés, em Pernambuco, com capacidade de 182 MW, e Ventos do Araripe I, no Piauí, que opera com 210 MW. Esses parques foram comprados da Casa dos Ventos em uma das maiores transações do setor eólico brasileiro em 2015. Este investimento marca o primeiro grande passo da Cubico no Brasil, incorporando esses 392 MW ao seu portfólio que, somados aos 223 MW já existentes de projetos anteriores, elevam a capacidade operacional da empresa no país para 615 MW.

Fundada em maio de 2015 e com sede em Londres, a Cubico é uma investidora global focada em ativos de longo prazo nas áreas de energia renovável e recursos hídricos. Seus principais investidores incluem o Banco Santander SA, o Ontario Teachers’ Pension Plan e o Public Sector Pension Investment Board do Canadá. Com essa expansão, a Cubico não só reforça seu compromisso com o desenvolvimento sustentável como também se posiciona como o terceiro maior player no mercado eólico brasileiro, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

A abertura do escritório em São Paulo reflete a estratégia da empresa de intensificar sua presença e avaliar mais de perto as oportunidades de investimento em energia renovável na região, prometendo uma abordagem mais integrada e adaptada às especificidades dos mercados locais. A decisão foi bem recebida pelo mercado, especialmente após a aprovação da transação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), consolidando a confiança no crescimento contínuo do setor de energias renováveis na América Latina.