sexta-feira, 22 novembro / 2024

Desde o início deste ano, o Mercado Livre de Energia ultrapassou a marca de 16 mil migrações, um recorde absoluto que já é o dobro do total registrado em todo o ano passado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A busca por operações mais sustentáveis ​​e econômicas tem sido o principal motivador para empresas de diversos setores aderirem a essa transição energética.

Um caso emblemático é o de uma rede de franquias que produz cerca de 40 mil toneladas de chocolates por ano em três unidades industriais. Desde 2016, a empresa tem investido em energia renovável. Atualmente, sua fábrica no Espírito Santo e um hotel em Campos do Jordão operam com 100% de energia limpa.

“Desde que começamos a utilizar energia renovável, já economizamos mais de 30 milhões de reais em nosso orçamento, o que é altamente representativo”, afirma o porta-voz da empresa. “Mas, mais do que a economia financeira, valorizamos a questão ambiental. Ao optar por energia limpa, deixamos de emitir mais de mil toneladas de CO₂ na atmosfera, equivalente ao plantio de aproximadamente 11 mil árvores.”

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirma que a procura por energia limpa segue em ritmo acelerado. Mais de 31 mil consumidores manifestam intenção de migrar para o Mercado Livre de Energia até 2025. Além dos preços mais competitivos, a oferta de novos serviços e a conscientização sobre a transição energética têm impulsionado essa mudança.

Especialistas ressaltam que é possível integrar práticas ambientais responsáveis ​​em grande escala sem comprometer a eficiência operacional. “Não se trata apenas de optar por energia renovável, mas de adotar diversas práticas que reduzem os impactos no meio ambiente. Isso se tornou indispensável para o consumidor, que valoriza cada vez mais empresas comprometidas com a sustentabilidade”, comenta o analista ambiental João Silva .

A tendência reflete uma mudança de paradigma no setor energético brasileiro, onde responsabilidade ambiental e eficiência econômica caminham lado a lado. Empresas que adotam essas práticas não apenas controlam os custos operacionais, mas também fortalecem sua imagem perante um mercado cada vez mais exigente em relação à sustentabilidade.

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Thailane Oliveira é advogada formada pela USP e possui mais de 12 anos de experiência em políticas públicas e legislação de trânsito. Seus artigos explicam de forma clara as mudanças nas leis que afetam motoristas, ciclistas e usuários de transporte público.