quinta-feira, 21 novembro / 2024

Após o recente corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, os preços do petróleo retomaram uma trajetória de alta nesta quinta-feira (19), mesmo em meio a preocupações econômicas e tensões geopolíticas. O corte de 0,5% nas taxas de juros, anunciado na quarta-feira, inicialmente levantou os preços, que voltaram a cair logo em seguida devido à incerteza sobre a economia dos EUA.

No entanto, novos fatores começaram a influenciar o mercado. As tensões no Oriente Médio, exacerbadas por explosões no Líbano, reacenderam o otimismo entre investidores. Nas últimas horas, a expectativa de uma possível escalada do conflito, envolvendo grupos como o Hezbollah e o Irã, aumentou as preocupações sobre o impacto na produção e oferta de petróleo.

De acordo com analistas do banco Citi, outro fator que pode impulsionar a recuperação do mercado é a expectativa de uma maior demanda por petróleo na China. O país asiático, maior consumidor de petróleo do mundo, está aumentando as taxas de operação de suas refinarias, o que pode adicionar cerca de 300 mil barris por dia (bpd) à demanda global até o fim do ano.

Além disso, a guerra no Oriente Médio trouxe mais incerteza ao mercado. Explosões recentes no Líbano, que mataram pelo menos 20 pessoas e feriram outras 450, aumentaram a tensão na região, o que contribuiu para o sentimento de otimismo nos preços do petróleo.

Apesar do pessimismo inicial, analistas acreditam que o recente enfraquecimento dos preços foi “exagerado” e que a recuperação já está em andamento. O cenário agora parece apontar para uma fase de estabilização nos mercados de petróleo, com os cortes de juros do Fed e a melhora na demanda chinesa atuando como principais motores dessa alta.

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André Carvalho é o fundador de O Petróleo e um jornalista com mais de 15 anos de experiência em economia e transporte. Formado pela UFRJ, André se destaca por análises profundas e acessíveis sobre o impacto das políticas econômicas e de mobilidade no dia a dia das pessoas.