quinta-feira, 21 novembro / 2024

Uma pesquisa conduzida pelo instituto MDA e financiada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) revelou que 79,7% dos entrevistados acreditam que as apostas esportivas, popularmente conhecidas como bets, geram mais prejuízos do que benefícios. Além disso, 90,1% declararam ser contrários ao uso de recursos do programa Bolsa Família para realizar apostas online.

O levantamento, realizado entre os dias 6 e 9 de novembro com 2.002 pessoas em 137 municípios, também mostrou que apenas 13,5% dos brasileiros já realizaram apostas em plataformas desse tipo, enquanto 86,5% nunca apostaram. Entre os que participaram dessas atividades, 57,6% afirmaram que perderam mais dinheiro do que ganharam.

Impactos no futebol e regulamentação

O estudo destacou a crescente preocupação com o patrocínio de empresas de apostas a clubes de futebol. Segundo os dados, 65,9% dos entrevistados acreditam que essa relação pode favorecer a manipulação de resultados, enquanto 24,3% discordam dessa percepção.

A regulamentação do mercado de apostas, promovida pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi vista como uma medida para arrecadar fundos e prevenir irregularidades. Contudo, 31,2% dos participantes afirmaram que essa regulamentação não traz nenhum benefício. Entre os aspectos positivos destacados pelos entrevistados, estão:

  • Aumento de arrecadação: 22,3%;
  • Prevenção contra fraudes: 16%;
  • Geração de empregos: 12,3%;
  • Investimento no futebol: 5,3%;
  • Entretenimento mais seguro: 4,5%.

Riscos associados às bets

O fácil acesso às apostas online também foi apontado como um fator preocupante. Para 58,5% dos entrevistados, esse acesso contribui significativamente para o aumento de comportamentos de risco, como o vício. Outros 23,5% também concordam com essa avaliação, enquanto apenas 11,1% se posicionaram contra essa ideia.

A pesquisa, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%, reforça o debate em torno das apostas esportivas no Brasil, que vêm ganhando espaço devido à expansão das empresas do setor. O governo federal segue trabalhando na regulamentação, com o objetivo de equilibrar os impactos sociais e econômicos dessa atividade.

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Com 10 anos de experiência jornalística, Naiane Santana é formada pela UFBA e escreve sobre inovações no setor automotivo, com foco em veículos elétricos e sustentabilidade. Seu trabalho conecta tecnologia, transporte e o futuro da mobilidade urbana.