quinta-feira, 21 novembro / 2024

A energia nuclear é um tema que gera controvérsia em todo o mundo. Enquanto alguns países estão se afastando dessa fonte de energia, outros buscam expandir sua capacidade. Em um cenário global que visa reduzir as emissões de carbono, a energia nuclear continua a ser uma opção de baixo carbono que merece atenção. Neste artigo, apresentaremos cinco fatos fascinantes sobre a energia nuclear, explorando sua importância na geração de eletricidade e os desafios que ainda enfrenta.

1. A Energia Nuclear é Crucial para a Eletricidade de Baixo Carbono

Atualmente, a energia nuclear representa aproximadamente 10,4% da eletricidade produzida no mundo, tornando-se a segunda maior fonte de eletricidade de baixo carbono, apenas atrás da energia hidrelétrica, que corresponde a 15,8%. Juntas, essas fontes de energia limpa respondem por mais de um terço da eletricidade global. Apesar do crescimento das energias renováveis desde 2005, a produção nuclear vem enfrentando um declínio, o que destaca a necessidade de reavaliar seu papel na transição energética global. Infelizmente, os combustíveis fósseis ainda dominam a matriz energética, especialmente em setores como transporte e aquecimento.

2. Um Olhar Sobre as Usinas Nucleares no Mundo

No mundo, existem atualmente 439 usinas nucleares em operação, distribuídas por 32 países. Os Estados Unidos lideram com 96 usinas, seguidos pela França (58), China (50) e Rússia (38). Embora haja planos para a construção de 55 novos reatores, muitos países, como Alemanha e Suíça, optaram pela eliminação gradual da energia nuclear até 2030, principalmente por questões de segurança. Por outro lado, o Reino Unido planeja erguer oito novas usinas nucleares, buscando reduzir sua dependência da energia russa.

3. A França: Pioneira em Energia Nuclear

A França se destaca como o país que mais depende da energia nuclear, utilizando-a para gerar 70% de sua eletricidade. Isso faz dela o maior exportador líquido de eletricidade do mundo, rendendo mais de € 3 bilhões por ano em exportações. Em contraste, embora os Estados Unidos possuam o maior número de reatores nucleares, apenas 20% de sua eletricidade total vem dessa fonte, com a maioria sendo gerada a partir do gás natural e do carvão.

4. Avanços na Eficiência dos Reatores Nucleares

Desde o início da energia nuclear na década de 1970, os reatores nucleares evoluíram consideravelmente em termos de eficiência. Em 2020, 66% das usinas atingiram uma capacidade superior a 80%, um aumento significativo em relação a menos de 30% quatro décadas atrás. No entanto, o desempenho global da produção de eletricidade nuclear caiu de 2657 TWh para 2553 TWh entre 2019 e 2020, representando uma preocupação que deve ser abordada.

5. Desafios do Lixo Nuclear

Apesar das vantagens da energia nuclear, como a geração de eletricidade sem emissões de gases de efeito estufa, a gestão do lixo nuclear permanece uma questão crítica. Os reatores precisam ser desligados a cada 18 a 24 meses para remover o combustível de urânio gasto, que continua a ser radioativo por milhares de anos. Essa situação gera riscos à saúde humana e ao meio ambiente, pois, até agora, nenhum país encontrou uma solução permanente e confiável para o armazenamento seguro do lixo nuclear.

A energia nuclear continua a ser uma peça fundamental no quebra-cabeça da geração de eletricidade limpa e sustentável. Com um futuro incerto, sua relevância no cenário energético global é inegável. A transição para fontes de energia mais limpas requer um olhar crítico sobre as oportunidades e desafios que a energia nuclear apresenta. À medida que a discussão sobre o futuro da energia avança, é essencial considerar tanto seus benefícios quanto seus riscos.

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Psicóloga com especialização em desenvolvimento de carreiras pela PUC-Rio, Nathália Santos escreve sobre oportunidades de emprego no setor automotivo, abordando temas como capacitação, tendências de mercado e estratégias de crescimento profissional.