A perspectiva de um ciclo expressivo de queda da Selic a partir de 2026 está reacendendo o apetite do investidor brasileiro por ativos de renda variável — especialmente ações pagadoras de dividendos. Segundo análises recentes, a redução dos juros deve impulsionar a valorização do Ibovespa, destravar o crescimento de grandes companhias e ampliar o potencial de geração de renda passiva no longo prazo.

Com base em um levantamento realizado com 15 analistas do mercado, foram selecionadas as 10 ações mais citadas para aproveitar o novo ciclo monetário, considerando lucratividade, histórico de pagamento de dividendos, fundamentos sólidos e potencial de valorização.

A lista reúne empresas de setores tradicionais, resilientes e com forte capacidade de geração de caixa, como bancos, energia elétrica, seguros, telecomunicações e petróleo — segmentos que historicamente demonstram capacidade de atravessar ciclos econômicos com estabilidade e manter distribuição relevante aos acionistas.

1. Itaú (ITUB4)

O maior banco privado do país segue no topo das recomendações. Com lucro trimestral próximo de R$ 12 bilhões, a instituição opera com margens robustas e distribui cerca de 70% do lucro em dividendos. O papel acumula forte valorização no ano e mantém índice de dividend yield perto de 7%. Analistas estimam potencial adicional à medida que a Selic cair e o crédito voltar a se expandir.

2. Petrobras (PETR4)

A estatal segue como uma das ações com maior distribuição de dividendos no país. Com dividend yield superior a 15% nos últimos 12 meses e payout de 93%, a companhia continua entre as favoritas para investidores de renda, especialmente em ciclos de alta do petróleo e reestruturação operacional.

3. Vivo (VIVT3)

O setor de telecomunicações segue firme na lista das melhores pagadoras. A Vivo combina estabilidade, margens consolidadas e perspectivas de ampliação dos dividendos nos próximos anos, apesar do yield mais modesto no curto prazo. O segmento é considerado defensivo e resiliente em momentos de oscilação macroeconômica.

4. Copel (CPLE6)

A empresa paranaense de energia passou por um processo de privatização e desde então acelerou ganhos de eficiência. Com valorização superior a 60% em 12 meses e payout acima de 70%, a companhia se destaca pela previsibilidade do setor elétrico e por distribuir boa parte do lucro aos investidores.

5. Caixa Seguridade (CXSE3)

No setor de seguros, a Caixa Seguridade é uma das favoritas do mercado. Com dividend yield acima de 8% e crescimento consistente, a empresa se beneficia do ambiente de juros mais baixos e da expansão de produtos de proteção e previdência.

6. Itaúsa (ITSA4)

Holding que controla parte significativa do Itaú, a Itaúsa também figura entre as principais escolhas. O papel possui dividend yield superior a 8% e PL atrativo. Além da exposição ao setor bancário, a empresa mantém participação em negócios industriais, diversificando receitas.

7. Bradesco (BBDC4)

Outro gigante do setor bancário, com histórico de lucros bilionários. Com valorização acima de 50% em 12 meses, yield perto de 7% e payout acima de 60%, o banco volta a ganhar força entre investidores que buscam renda recorrente.

8. B3 (B3SA3)

A operadora da Bolsa de Valores brasileira é uma das companhias mais beneficiadas pelo retorno dos investidores à renda variável, tendência fortalecida por uma Selic menor. Embora o yield seja menor, o potencial de ganho está na valorização das ações e no aumento do volume de negociações.

9. BB Seguridade (BBSE3)

O braço de seguros e previdência do Banco do Brasil mantém dividend yield superior a 12% e payout acima de 90%. A empresa é reconhecida pela estabilidade dos resultados e pela elevada distribuição de lucros ao acionista, sendo uma das favoritas de carteiras de dividendos.

10. Axia Energia (AXIA3)

A antiga Eletrobras — recentemente renomeada e com novo ticker — fecha a lista. Com ampla reestruturação após a privatização e foco em eficiência, a companhia chama atenção pelo potencial de valorização no longo prazo em energia elétrica, setor tradicionalmente sólido e rentável.

O que esperar para 2026?

A combinação de Selic em queda, retomada de investimentos, redução do custo de capital e fluxo estrangeiro deve impulsionar setores inteiros da Bolsa. Para investidores que buscam construção de renda passiva, preservação de patrimônio e valorização de longo prazo, as ações listadas aparecem como fortes candidatas para atravessar esse novo ciclo.

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Autoridade: Notícias, Mercado Financeiro, Ações Jornalista e gestor editorial com mais de 10 anos de experiência em comunicação digital e cobertura econômica. Fundador do portal, lidera a linha editorial e valida pautas estratégicas relacionadas a juros, inflação, dólar, balanços e movimentações corporativas. 📩 [email protected]