quarta-feira, 19 fevereiro / 2025

Em um movimento surpreendente no mercado financeiro, a WEG (WEGE3) superou a Vale e agora ocupa o terceiro lugar no ranking das maiores empresas da Bolsa de Valores brasileira. A empresa, conhecida por sua atuação no setor de bens industriais e motores elétricos, teve um crescimento expressivo em 2024, refletindo no aumento de 45,53% em suas ações. Isso colocou a WEG em uma posição de destaque, ao lado de gigantes como Petrobras e Itaú, que dominam o topo da lista.

O que levou a WEG a Superar a Vale?

A superação da Vale pela WEG não é apenas uma questão de números, mas de estratégia e adaptação às mudanças no mercado. Enquanto a WEG registrou um crescimento robusto, a Vale teve dificuldades significativas, com uma queda de 22,8% no valor de suas ações. O principal fator para esse desempenho negativo da mineradora foi a retração no mercado global de commodities, afetando diretamente a demanda por ferro e níquel.

Por outro lado, a WEG poderá aproveitar as oportunidades de expansão global e a diversificação de seus negócios. A empresa se destacou pela sua gestão financeira conservadora, que, combinada com a inovação constante em seus produtos e estratégias de mercado, consolidou sua posição como um ativo de longo prazo na Bolsa.

O desempenho da WEG em 2024: crescimento e expectativas

Em 2024, a WEG alcançou uma valorização impressionante de 45,53%, elevando seu valor de mercado para R$ 223,4 bilhões, superando a Vale, que ficou com R$ 219,9 bilhões. Isso se deve, em grande parte, ao seu modelo de negócios, que está profundamente integrado ao setor de energia e bens industriais, com destaque para a produção de motores elétricos.

A empresa, que emprega cerca de 45.000 pessoas em todo o mundo, incluindo mais de 4.700 engenheiros, tem se mostrado resiliente, mesmo diante de crises globais. Em 2023, a WEG reportou uma receita líquida de R$ 32 bilhões, com um lucro líquido de R$ 5,8 bilhões, um aumento especial em relação aos anos anteriores. Este crescimento contínuo, com uma média de 18% ao ano desde 2017, coloca a WEG em uma posição invejável no mercado brasileiro e internacional.

Destaques do desempenho da WEG:

  • Valor de Mercado: R$ 223,4 bilhões, superando a Vale.
  • Crescimento de Ações: Valorização de 45,53% em 2024.
  • Receita Líquida: R$ 32 bilhões em 2023.
  • Lucro Líquido: R$ 5,8 bilhões em 2023, com crescimento contínuo desde 2019.
  • Presença Global: 63 fábricas em 17 países, vendendo para mais de 120 países.

Estratégia de dividendos: a empresa é uma boa pagadora?

Embora a WEG tenha se consolidado como uma das maiores empresas da Bolsa, ela não é conhecida por seus dividendos expressivos. Em 2024, a empresa pagou apenas 1,4% de dividendos, um valor baixo quando comparado a outras grandes empresas do mercado. A estratégia da WEG, no entanto, é focada na valorização de suas ações, e não no pagamento de dividendos altos.

O payout da WEG gira em torno de 50%, o que significa que a empresa distribui metade de seus lucros aos acionistas, mas outra metade é reinvestida para seu crescimento. Isso é um reflexo do foco da empresa em expansão e inovação, ao invés de distribuir grandes quantias aos investidores.

Se você está buscando uma empresa para garantir rendimentos de dividendos, a WEG pode não ser a melhor escolha. No entanto, para investidores focados na valorização do capital e no longo prazo, a WEG oferece um potencial específico.

Vale a pena investir na WEG?

A WEG provou ser uma das empresas mais resilientes e inovadoras do mercado, com um crescimento impressionante e uma posição financeira sólida. Com uma estratégia focada na expansão global, no aumento de sua produção e na constante inovação, a empresa tem se tornado um dos maiores nomes da Bolsa brasileira.

Entretanto, se o seu foco para investir em empresas pagadoras de dividendos, a WEG pode não ser a melhor opção. Com dividendos relativamente baixos, a empresa atrai mais investidores que buscam valorização no longo prazo do que aqueles que desejam uma fonte constante de rendimento passivo.

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Suzana Santos é economista formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e especialista em Finanças e Gestão Pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 10 anos de experiência em análise de políticas econômicas e benefícios sociais, Suzana se destaca por sua habilidade em traduzir temas complexos em informações acessíveis e úteis para os leitores.No O Petróleo, Suzana contribui com artigos que abordam desde investimentos e planejamento financeiro até programas de benefícios sociais, sempre com foco na educação financeira e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Sua visão estratégica e compromisso com a excelência informativa fazem dela uma peça essencial na equipe editorial.

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