segunda-feira, 17 fevereiro / 2025

O mercado financeiro está de olho nas ações de algumas empresas que podem se valorizar significativamente nos próximos anos. COPASA, Sanepar e Cemig surgem como destaques, principalmente devido a movimentos relacionados à privatização e ao pagamento de precatórios. Mas será que essas ações realmente dobrarão de valor, ou isso é apenas especulação?

Privatizações e Seus Impactos

A COPASA e a Cemig estão na mira do governo de Minas Gerais para privatização, mas o processo enfrenta desafios. O governador Romeu Zema encaminhou projetos de lei para viabilizar a venda das estatais, mas ainda precisa superar barreiras políticas, como a exigência de um plebiscito para aprovar a medida. A dificuldade de articulação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais também adiciona um componente de incerteza ao processo.

No caso da Sanepar, especula-se sobre um movimento semelhante no Paraná, apesar de o governador negar oficialmente qualquer intenção de privatização. No entanto, a privatização da Copel pelo governo estadual mostra que há possibilidade real de avanço.

A experiência da Sabesp, que mais que dobrou de valor após a confirmação da privatização, reforça o otimismo dos investidores. Se COPASA e Cemig seguirem esse caminho, o mercado pode reagir positivamente.

O Peso dos Precatórios

Outro fator que pode influenciar a valorização das ações é o pagamento de precatórios. A Sanepar, por exemplo, tem um valor significativo a receber, que poderia gerar um impacto positivo em seu balanço. No entanto, esse pagamento depende do governo federal, que enfrenta desafios fiscais e pode postergar a decisão.

A incerteza em torno do pagamento dos precatórios é um ponto de atenção para investidores, pois não há garantia de que o montante será recebido no curto prazo. O setor aguarda a definição do planejamento orçamentário do governo para 2025, que pode incluir ou não esse pagamento.

Vale a Pena Investir Agora?

Os analistas dividem opiniões sobre a estratégia ideal para quem deseja aproveitar essas oportunidades. Alguns preferem aguardar sinais mais concretos sobre privatização e pagamento de precatórios antes de aumentar suas posições. Outros adotam uma estratégia mista, comprando pequenas quantidades das ações enquanto monitoram os acontecimentos.

A vantagem de investir nessas empresas é que elas operam em setores defensivos, ou seja, mesmo que as privatizações ou precatórios demorem, dificilmente haverá grandes perdas. Além disso, o histórico de privatizações no Brasil indica que as ações dessas empresas tendem a valorizar quando o processo avança.

Investidores que buscam retornos expressivos podem ver em COPASA, Sanepar e Cemig boas oportunidades, especialmente se as privatizações saírem do papel e os precatórios forem pagos. No entanto, é essencial acompanhar de perto os desdobramentos políticos e econômicos, além de adotar uma estratégia diversificada para minimizar riscos.

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Suzana Santos é economista formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e especialista em Finanças e Gestão Pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 10 anos de experiência em análise de políticas econômicas e benefícios sociais, Suzana se destaca por sua habilidade em traduzir temas complexos em informações acessíveis e úteis para os leitores.No O Petróleo, Suzana contribui com artigos que abordam desde investimentos e planejamento financeiro até programas de benefícios sociais, sempre com foco na educação financeira e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Sua visão estratégica e compromisso com a excelência informativa fazem dela uma peça essencial na equipe editorial.

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