segunda-feira, 17 fevereiro / 2025

A Taesa (TAEE11), uma das principais transmissoras de energia do Brasil, tem enfrentado oscilações significativas em suas ações recentemente. Investidores questionam o que está impulsionando a queda e como isso pode impactar os dividendos futuros. A resposta está ligada ao ciclo de receitas, conhecido como ciclo RAP (Receita Anual Permitida), que reflete as tarifas aplicadas ao longo de determinados períodos e é influenciado por indicadores como o IPCA e o IGP-M.

Impacto da Inflação no Ciclo Atual

O ciclo RAP 2024-2025 iniciou-se no terceiro trimestre de 2024 e sofrerá reajustes até o segundo trimestre de 2025. Durante esse período, a inflação, especialmente o comportamento do IGP-M, tem pesado nas receitas. No ciclo anterior, o IGP-M registrou valores negativos, forçando uma revisão tarifária para baixo. Por outro lado, o IPCA apresentou uma leve alta, compensando parcialmente o impacto negativo do IGP-M.

Expectativas para o Ciclo RAP 2025-2026

Com a inflação em tendência de alta e o IGP-M mais estável, espera-se uma recuperação significativa das receitas no ciclo RAP 2025-2026, que se iniciará no terceiro trimestre de 2025. Projetos recentes da Taesa também devem incrementar a receita, além de ajustes tarifários positivos previstos para os próximos anos.

Dividendos: Cenário Promissor para Investidores

Apesar dos desafios de curto prazo, a Taesa segue como uma das empresas mais consistentes no pagamento de dividendos. No ano exercício de 2024, a distribuição deve atingir R$ 2,60 por ação, com um yield estimado em torno de 8%. Para 2025, a previsão é de R$ 2,90 por ação, com um payout que pode chegar a 90% dos lucros.

A Importância da Eficiência Tributária

Outro ponto positivo é a capacidade da Taesa em otimizar sua estrutura tributária, por meio de incorporações e emissões de debêntures incentivadas. Isso permite à empresa manter margens saudáveis e garantir previsibilidade em seus resultados financeiros, mesmo em cenários de alta nas taxas de juros.

Embora o curto prazo ainda apresente desafios, o cenário de médio e longo prazo é promissor para a Taesa. Com a previsão de melhora no ciclo tarifário e novos projetos contribuindo para o crescimento da receita, os dividendos devem seguir atrativos, consolidando a empresa como uma opção robusta para investidores focados em renda passiva.

 

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Suzana Santos é economista formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e especialista em Finanças e Gestão Pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 10 anos de experiência em análise de políticas econômicas e benefícios sociais, Suzana se destaca por sua habilidade em traduzir temas complexos em informações acessíveis e úteis para os leitores.No O Petróleo, Suzana contribui com artigos que abordam desde investimentos e planejamento financeiro até programas de benefícios sociais, sempre com foco na educação financeira e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Sua visão estratégica e compromisso com a excelência informativa fazem dela uma peça essencial na equipe editorial.

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