Entre as profissões mais perigosas do mundo, a soldagem subaquática se destaca como uma das mais desafiadoras e arriscadas. Os mergulhadores soldadores, como são chamados esses profissionais, realizam trabalhos em ambientes com pouca ou nenhuma visibilidade, enfrentando condições extremas no fundo do mar. O trabalho não se limita à soldagem de estruturas submersas; muitas vezes, eles atuam na manutenção de oleodutos, gasodutos e em plataformas de petróleo, além de trabalhos de engenharia em máquinas de perfuração.
A soldagem subaquática é, em essência, semelhante à soldagem tradicional, mas com uma grande diferença: a combinação de água e eletricidade. Esse processo requer equipamento adaptado para garantir a segurança do profissional, embora ainda ofereça grandes riscos. Existem dois métodos principais de soldagem subaquática: a soldagem úmida e a soldagem hiperbárica.
No método de soldagem úmida, o mergulhador e a tocha de soldagem entram diretamente em contato com a água. Utilizando correntes elétricas de 300 a 400 amperes, o soldador cria um arco elétrico que aquece o metal, formando bolhas protetoras que isolam a solda da água. Esse método é mais acessível financeiramente, porém, também é o mais perigoso, uma vez que o profissional precisa lidar com a falta de visibilidade, bolhas que atrapalham sua visão e o constante risco de choque elétrico.
A soldagem hiperbárica, por outro lado, é realizada em uma câmara pressurizada que isola a área a ser soldada, evitando o contato da água com o ponto de solda. Gases como hélio, argônio e oxigênio são utilizados para garantir um ambiente seco e seguro. Embora seja um processo mais caro, é amplamente utilizado em plataformas de petróleo e instalações de gás devido à sua maior segurança.
Apesar das medidas de segurança, a taxa de mortalidade na soldagem subaquática é preocupante. Estima-se que, anualmente, 5 em cada 3.000 soldadores subaquáticos perdem a vida em decorrência de doenças de descompressão, hipotermia, falhas no equipamento ou choques elétricos. Esse risco elevado é um dos motivos pelos quais os profissionais dessa área recebem salários atrativos, que podem chegar a cerca de US$ 54 mil por ano (aproximadamente R$ 290 mil).
A soldagem subaquática continua sendo uma profissão vital para setores como o de petróleo e gás, mas não sem um preço alto a ser pago em termos de riscos à vida e à saúde dos profissionais envolvidos.
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