Roberto Ardenghi discute o futuro do petróleo no Brasil em meio a conflitos internacionais

Roberto Ardenghi, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), aborda a robustez da indústria petrolífera brasileira em meio a crescentes tensões geopolíticas, como o recente ataque do Irã a Israel. Em entrevista à CNN, Ardenghi esclarece que, apesar do aumento na volatilidade do mercado, o setor está preparado para enfrentar instabilidades.

Segundo Ardenghi, o Brasil, assim como outras grandes nações, mantém significativas reservas estratégicas de petróleo, estimadas entre 700 milhões e 1 bilhão de barris, que servem como um amortecedor em tempos de crise. A existência dessas reservas permite uma resposta rápida a qualquer perturbação no fornecimento global, garantindo estabilidade no abastecimento interno.

A possibilidade de uma escalada no conflito, com envolvimento de países como Rússia e China, poderia, teoricamente, agravar o cenário. No entanto, Ardenghi reitera que o mercado petrolífero tem uma longa história de enfrentar crises geopolíticas sem sofrer abalos prolongados, devido à estratégia de reservas e diversificação de fontes de petróleo.

Embora o nervosismo do mercado tenha causado flutuações nos preços, com picos significativos seguidos de estabilizações, a expectativa é que, com a continuação do diálogo diplomático e a contenção do conflito, a pressão sobre os preços se atenue. Ardenghi adota uma visão otimista, sugerindo que, a longo prazo, o mercado de petróleo tende a se equilibrar.

Roberto Ardenghi tranquiliza o público e os investidores, enfatizando a capacidade de resposta e adaptação da indústria petrolífera brasileira frente a choques externos. A gestão estratégica de reservas e a diplomacia ativa são chave para mitigar os efeitos de instabilidades geopolíticas sobre o setor.