Após uma queda acentuada de 6% no início da semana, os preços do petróleo subiram ao nível alto na terça-feira, impulsionados pela decisão dos Estados Unidos de adquirir até 3 milhões de barris para a Reserva Estratégica de Petróleo (SPR). O Brent, referência global, aumentou 1,04%, alcançando US$ 72,16 por barril, enquanto o WTI dos EUA subiu 1%, cotado a US$ 68,06.

A compra norte-americana para a SPR trouxe um apoio importante ao mercado, porém as incertezas sobre a recuperação da demanda continuam a pressionar os preços. Segundo o CEO da BP, Murray Auchincloss, a demanda global permanece abaixo da média, reflexo direto da desaceleração econômica da China, principal importadora mundial de petróleo, e de margens de refino menos lucrativas. “A expectativa é que novas medidas de estímulo à economia chinesa tragam um rompimento à demanda por petróleo”, comentou.

A influência da influência no Oriente Médio, que veio elevando a preocupação no setor, foi atenuada após o recente ataque retaliatório de Israel ao Irã não afetar a infraestrutura petrolífera iraniana. Mesmo assim, a situação ainda preocupa, e o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, prometeu “responder com todos os meios disponíveis” ao ataque.

Para os analistas, o volume comprado pelos EUA é insuficiente para compensar o pessimismo quanto ao consumo global de petróleo. Harry Tchilinguirian, do Onyx Capital Group, destacou que o setor enfrenta desafios econômicos complexos, especialmente na China e na Europa, o que limita a expectativa de uma recuperação rápida na demanda.

Ainda esta semana, o mercado aguarda os dados de estoque de petróleo e gasolina nos EUA, que deverão influenciar as próximas oscilações dos preços.

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Suzana Melo é uma jornalista renomado com mais de 15 anos de experiência, em temas relacionados à inovação e desenvolvimento tecnológico, ela aborda com profundidade as transformações industriais e sustentáveis nesses setores. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Suzana construiu sua carreira cobrindo as principais mudanças e desafios das indústrias energéticas no Brasil.