Petrobras ajusta orçamento de 2025 e reduz investimentos em meio a novas descobertas de gás

A Petrobras, estatal brasileira de petróleo e gás, anunciou um corte de US$ 4 bilhões em suas despesas de capital (capex) para 2025, ajustando a previsão de US$ 21 bilhões para US$ 17 bilhões. Segundo a empresa, o valor revisado reflete uma abordagem mais realista, levando em consideração seus recursos financeiros e condições de mercado. O ajuste faz parte do plano estratégico da companhia, que prevê investimentos totais de US$ 102 bilhões no período de 2024 a 2028. Esse valor representa um aumento de 31% em relação ao plano anterior, impulsionado por pressões do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca fomentar a economia nacional e gerar novos empregos.

No cenário global, a produção de petróleo e gás do Brasil vem registrando crescimento significativo. De acordo com dados recentes, a produção de petróleo do país aumentou 18,6% em relação ao ano anterior, alcançando a marca de 3,51 milhões de barris por dia, enquanto a produção de gás natural cresceu 13,6%, chegando a 154,08 milhões de metros cúbicos por dia. Empresas internacionais, como Shell, Equinor e TotalEnergies, em parceria com a Petrobras, são apontadas como principais responsáveis pelo desenvolvimento de campos no pré-sal, o que deve aumentar a produção até 2030.

Além disso, a Petrobras também tem avançado em sua atuação internacional. Em agosto, a companhia, em parceria com a colombiana Ecopetrol, confirmou a descoberta de um novo poço de gás natural, o Uchuva-2, na costa da Colômbia. O poço de águas profundas, perfurado após a descoberta do Uchuva-1 em 2022, poderá viabilizar um grande projeto de fornecimento de gás natural para o país andino e para exportação, segundo um representante da estatal brasileira.

Os ajustes financeiros e as descobertas de novos campos de exploração estão sendo bem recebidos pelo mercado. Em julho, o Bank of America elevou a classificação das ações da Petrobras de “neutra” para “compra”, com uma meta de preço de US$ 17,90, refletindo a confiança nas mudanças recentes na liderança da empresa e na melhora da governança corporativa.