Mesmo em meio ao ritmo alucinante que antecedeu a inauguração do seu megacomplexo no México, a cúpula da Braskem não esquece da situação dos negócios no Brasil, como no Polo Petroquímico de Triunfo. A parada técnica de uma das plantas de eteno no Estado, em 2018, vai precisar de um investimento de cerca de R$ 200 milhões. Voltada para manutenção e melhorias, a operação começa a ser planejada 12 meses antes e pode exigir a mobilização de até 3 mil pessoas. Pela legislação, unidades petroquímicas precisam passar por este tipo de procedimento a cada seis anos para ajustes.
Outro projeto no polo gaúcho em que a Braskem é interessada indiretamente é a construção de uma unidade de borracha sintética para dar um aproveitamento local para o butadieno produzido pela unidade da petroquímica em operação desde 2012 a partir de um aporte de R$ 300 milhões. Por enquanto, o principal destino é a exportação — 70% para os Estados Unidos, 20% para o México e 10% para a Ásia.
— É um projeto que depende de terceiros, de matéria-prima e de demanda — avisa Musa.
Outro projeto relacionado ao Rio Grande do Sul é a retomada do da movimentação de contêineres no Terminal Santa Clara, em Triunfo, ligado por um canal artificial ao Rio Jacuí. A operação estava parada desde 2009 e será reativada em agosto, em parceria com a Wilson Sons.
Com a reativação, a Braskem enviará principalmente resinas por cabotagem até o Porto de Rio Grande, via Lagoa dos Patos. O produto pode ser mandando também por cabotagem para outras regiões do país. A Braskem calcula que a operação retirará das rodovias saturadas do Estado de 20 a 30 mil caminhões por ano.
