O Nubank revolucionou o setor bancário ao facilitar o acesso ao crédito, especialmente para quem tem o nome negativado. Mas será que ele é suficiente como banco principal? A resposta depende do seu perfil financeiro e dos seus objetivos de médio e longo prazo.

Vantagens do Nubank para quem tem crédito ruim

A principal força do Nubank está na inclusão financeira. Mesmo clientes com histórico de inadimplência conseguem abrir conta e acessar produtos básicos, como:

  • Cartão de crédito sem anuidade

  • Empréstimos pessoais

  • Conta digital com rendimento automático de 100% do CDI

  • Funções de débito, Pix e pagamento de contas

Esse modelo contrasta com os bancos tradicionais, que costumam ser mais rigorosos na concessão de crédito. Para quem está tentando reconstruir a vida financeira, o Nubank pode ser o primeiro passo.

Dado relevante: Segundo o Serasa, o Brasil tem mais de 72 milhões de negativados (junho/2025). Plataformas digitais como o Nubank têm se tornado alternativa real para essa população.

Limitações do Nubank como banco principal

Apesar da inclusão, o Nubank ainda apresenta limitações importantes para quem busca evoluir financeiramente:

Oferta restrita de produtos de crédito

O banco se concentra em empréstimos pessoais e cartão de crédito. Ainda não oferece:

  • Financiamento imobiliário

  • Financiamento de veículos

  • Crédito com garantia (como home equity)

Ou seja, quem deseja construir patrimônio por meio de crédito de longo prazo pode encontrar barreiras.

Menor integração com grandes linhas de crédito

Diferentemente de bancos como Santander, Itaú, Bradesco ou Banco do Brasil, o Nubank ainda não opera em parcerias amplas com grandes redes de consórcio ou financiamentos subsidiados (como os do governo federal).

Nubank é melhor como banco secundário?

Para muitos especialistas, a melhor estratégia é usar o Nubank como banco de apoio no dia a dia — mas não como o principal para construção de histórico de crédito. Veja uma sugestão de combinação:

BancoFunção principal
NubankConta digital rápida + crédito emergencial
Banco tradicional (ex: Itaú)Construção de crédito futuro (financiamentos, consórcios)
Banco estatal (ex: BB ou Caixa)Acesso a linhas de crédito públicas e financiamentos habitacionais

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Suzana Melo é economista formada pela PUC-SP e especialista em Finanças e Gestão Pública pela FGV. No O Petróleo, cobre temas como investimentos, petróleo e gás, macroeconomia e tributação sobre ativos financeiros. Suas análises unem rigor técnico e clareza, ajudando o leitor a compreender tendências e a tomar decisões seguras no mercado nacional e internacional.