O novo ministro da Indústria do Japão, Yoji Muto, confirmou nesta quarta-feira que o país continuará investindo na reativação de suas usinas nucleares e na expansão da capacidade de geração de energia renovável. A declaração foi feita durante sua primeira coletiva de imprensa após assumir a carga, como parte do governo liderada pelo recém-empossado Primeiro Ministro Shigeru Ishiba.
Segundo Muto, o Japão deve aproveitar ao máximo o potencial das energias renováveis, além de priorizar a reabertura das usinas nucleares, enfatizando que estas são consideradas uma fonte de energia segura e eficiente para o país. Essa posição reforça a continuidade da política energética adotada em resposta à crise que elevou os preços dos combustíveis fósseis nos últimos anos.
A nomeação de Ishiba como primeiro-ministro, após sua vitória na liderança do Partido Liberal Democrata, representou uma mudança em sua postura anterior em relação à energia nuclear. Durante a campanha, o novo líder havia expressado reservas sobre a reativação de usinas nucleares, mas recuou ao assumir a carga, mantendo o foco no uso dessas instalações como parte estratégica da segurança energética do Japão.
Desde 2022, o Japão tem enfrentado desafios importantes para garantir o abastecimento energético, principalmente devido à sua dependência de importações de combustíveis fósseis, que representam cerca de 70% da geração de eletricidade no país. A crise energética global e a alta nos preços do Gás Natural Liquefeito (GNL) forçaram o governo a revisar suas prioridades e a reintegrar a energia nuclear como uma solução viável para reduzir a dependência externa e cumprir suas metas de emissão zero.
O governo também projetou um aumento substancial na demanda por eletricidade nas próximas décadas. Estimativas indicam que a produção de energia precisa crescer entre 35% e 50% até 2050 para atender à demanda crescente, mantendo o compromisso de uma economia de emissões líquidas zero.
Em maio deste ano, o Japão iniciou uma série de discussão histórica sobre sua política energética, com o objetivo de equilibrar a necessidade de garantir a segurança energética, utilizando fontes tradicionais, e ao mesmo tempo cumprir suas metas ambientais ambiciosas. O país continua comprometido em encontrar soluções que garantam a sustentabilidade energética e a redução de emissões, destacando o papel central da energia nuclear nesse processo.
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